Comandante da PMDF diz que Exército desistiu de operação conjunta para retirar acampamento

Foto: Felipe Torres/Metrópoles

O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira, disse, durante coletiva de imprensa para divulgar o esquema de segurança da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que o cancelamento da operação de retirada de ambulantes, barracas e energia elétrica do acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, na manhã desta quinta-feira (29/12), ocorreu porque o Exército Brasileiro não conseguiria fazer a operação sozinho.

“A coordenação da operação é do Exército. Tínhamos 500 policiais militares em condições, e o Exército desistiu da operação. Optou por eles mesmos fazerem a retirada do local. Não houve falta de segurança de nenhum servidor. Eles tentaram [uma ação] com o DF Legal e, quando viram que os manifestantes seriam hostis, desistiram da operação por entender que o Exército conseguiria fazer a operação sozinho”, pontuou o oficial.

O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, disse que o Exército entendeu que conseguiria fazer a retirada sem a necessidade da cooperação.

“Foi planejada uma ação para hoje, como anteriormente outras foram planejadas. Equipes do DF Legal e da PMDF estavam no local, mesmo porque em qualquer tipo de ação a gente trabalha de forma preventiva para que não haja reação. No determinado momento, a coordenação da operação estava com o Exército e, por decisão do Exército, suspendeu-se a ação mais incisiva neste momento. Eles continuam desocupando, retirando as instalações, e nós seguimos à disposição”, acrescentou o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo.

Ação

A coluna Na Mira teve acesso a um documento, assinado em 6 de dezembro, e enviado ao DF Legal e à SSP-DF, no qual o Exército pede a retirada de ambulantes e barracas do local. De acordo com o ofício classificado como “urgentíssimo”, a ação deveria ter ocorrido no dia 7 de dezembro, às 6h30, mas acabou remarcada para esta quinta.

Ofício que o Exército enviou ao GDF

A reportagem também teve acesso a um outro documento assinado nesta quinta que define o papel de cada órgão na operação. A coordenação das ações ficou a cargo do Comando Militar do Planalto do Exército Brasileiro. Contudo, fontes ligadas à operação relataram à coluna que oficiais do Exército e da PMDF discutiram para ver quem teria o comando e faria a proteção dos servidores do GDF que lá estavam para trabalhar.

“O Exército tomou a frente. Porém, durante a operação, não deu a proteção e nem deixou a PM entrar no acampamento. Por segurança, as equipes se retiraram, porque o Polícia do Exército ficou a distância e os manifestantes começaram a hostilizar os servidores”, afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.

Agora, a expectativa é que o próprio Exército retire os manifestantes, por ser a segunda vez que o GDF envia agentes ao local. Servidores argumentam que “os militares não fazem a proteção adequada e não permitem que a PM o faça também”.

FONTE: METRÓPOLES

Lula anuncia novos ministros: Tebet vai para o Planejamento, Marina para o Meio Ambiente e Ana Moser para o Esporte

Foto: Reprodução

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira (29) os nomes dos 16 ministros que ainda estavam pendentes de definição.

Veja a lista de ministros anunciados por Lula:

1. Gabinete de Segurança Institucional: Gonçalves Dias, general da reserva
2. Secretaria de Comunicação: Paulo Pimenta (PT-RS), deputado federal
3. Agricultura: Carlos Fávaro (PSD-MT), deputado federal
4. Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes, governador do Amapá
5. Pesca: André de Paula (PSD-PE), deputado federal
6. Previdência: Carlos Lupi, presidente nacional do PDT
7. Cidades: Jáder Filho, presidente do MDB do Pará
8. Comunicações: Juscelino Filho (União-MA), deputado federal
9. Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD-MG), senador
10. Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira (PT-SP), deputado federal
11. Esportes: Ana Moser, medalhista olímpica no vôlei
12. Meio Ambiente: Marina Silva (Rede-AC), ex-ministra e deputada federal eleita
13. Planejamento: Simone Tebet (MDB-MS), senadora
14. Turismo: Daniela do Waguinho (União-RJ), deputada federal
15. Povos Indígenas: Sônia Guajajara, líder indígena
16. Transportes: Renan Filho (MDB-AL), ex-governador e senador eleito

Ao longo dos últimos dias, Lula participou de conversas e reuniões com aliadas para fechar o desenho dos ministérios pendentes. O desafio era contemplar aliados na eleição e nomes que possam garantir a Lula apoio de uma base no Congresso capaz de dar vitórias ao governo em votações.

Líderes no Congresso

Lula também anunciou que o deputado José Guimarães (PT-CE) será líder do governo na Câmara.

O senador Jaques Wagner (PT-BA) será o líder do governo no Senado.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será líder do governo no Congresso.

FONTE: G1.GLOBO

Bolsonaro sanciona lei que regulamenta a prática da telessaúde no Brasil

Foto: Banco de imagens/Freepik

Perto do fim de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quarta-feira, 28, uma lei que regulamenta o serviço de telessaúde no Brasil. A medida visa garantir que os serviços de saúde à distância, nos setores públicos ou privados, possuam o mesmo padrão e cumpram as mesmas regras dos presenciais. O profissional terá autonomia de decidir se usará ou não a telessaúde e poderá optar, se necessário, o atendimento presencial.

A norma determina que, no caso do paciente, a modalidade seja realizada com “consentimento livre e esclarecido”. A telessaúde comporta todos os tipos de atendimento digital e não somente a telemedicina.

Podem ser realizados pela modalidade os atendimentos pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, de monitoramento, de diagnóstico e de acompanhamento médico durante o tratamento ou após procedimentos cirúrgicos. A fiscalização das normas éticas será de responsabilidade dos conselhos federais das profissões envolvidas.

Alguns princípios foram fixados para a execução da modalidade: autonomia do profissional de saúde, consentimento livre e informado do paciente, direito de recusa ao atendimento na modalidade, dignidade e valorização do profissional de saúde, assistência segura e com qualidade ao paciente, confidencialidade dos dados, promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde, observância estrita das atribuições legais de cada profissão e responsabilidade digital.

A telessaúde poderá ser exercida em todo o país, sem a necessidade dos profissionais de realizarem uma inscrição secundária. Este tipo de atendimento ocorre em diversos locais do Brasil, como telediagnóstico, teleconsulta e tele-educação.

FONTE: JOVEM PAN

General Girão é cotado para liderar maior partido na Câmara

Foto: Arquivo – Tribuna do Norte

O Rio Grande do Norte poderá liderar a maior bancada entre os partidos da Câmara dos Deputados. O deputado federal General Girão (PL) está sendo cotado pela legenda para ser o novo líder do partido na Casa, contrapondo os colegas de legenda que querem participar da gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e integrar o “centrão”. Ao lado de Girão estão alguns dos parlamentares mais importantes do partido, que conta com 99 deputados federais eleitos. O parlamentar pelo Rio Grande do Norte vê com bons olhos a possibilidade.

Com uma bancada mais numerosa após o ingresso de Bolsonaro e bom desempenho nas urnas, o PL trava uma batalha interna entre os parlamentares eleitos que são considerados bolsonaristas e os que simpatizam com o chamado centrão. É o caso do atual líder, Altineu Côrtes (RJ), que está reeleito e quer permanecer no cargo para 2023. Ele, porém, vai enfrentar resistência.

A ala mais ligada ao presidente Jair Bolsonaro quer alguém com um perfil mais ligado à ideologia defendida pelo futuro presidente de honra do PL. A deputada Carla Zambelli (SP), o deputado eleito e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (SP) e o mineiro Nikolas Ferreira, deputado mais votado do Brasil, defendem a candidatura de General Girão, que mantém discurso alinhado ao de Bolsonaro, a quem garante que se mantém fiel.

“Depois de quatro anos na Câmara, a gente identifica que a Câmara tem muitas correntes e opiniões. Tivemos uma postura firme com relação aos princípios patrióticos e conservadores e muito me orgulha ser lembrado por um grupo de deputados, alguns que ainda nem conheço direito. Acredito que todos nós devemos estar alinhados à postura do partido como um todo”, disse o deputado General Girão.

Apesar de ser parte de um grupo que é maioria e que está disposto a conversar com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para garantir a mudança, Girão defendeu a atuação que o líder Altineu Cortês desde que o parlamentar pelo rio Grande do Norte ingressou no Partido Liberal. No entendimento de Girão, a liderança sempre deu espaço aos parlamentares e ouviu o sentimento dos demais membros da legenda na Câmara.

“Sofri muito nas mãos de um partido, que nem existe mais, que tinha uma liderança que não liderava. A liderança do deputado Altineu tem dado uma atenção especial a todos os deputados. Se tiver que ter uma mudança, pode acontecer agora ou no futuro e é normal, acredito que o meu nome pode, sim, ser colocado. Não tenho nenhuma rejeição a isso. Pelo contrário, tenho orgulho”, disse Girão.

Na Câmara dos Deputados, o PL terá quatro parlamentares do Rio Grande do Norte a partir de 1º de fevereiro do ano que vem. Além de Girão, João Maia foi reeleito e terão a companhia de Robinson Faria e do Sargento Gonçalves, uma das maiores surpresas na campanha eleitoral. Todos estiveram aliados ao presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral e, pelas recentes declarações, a tendência é que pelo menos Robinson Faria e Sargento Gonçalves, além de Girão, mantenham-se na oposição ao presidente eleito Lula. João Maia ainda não falou abertamente sobre a questão e, no passado, já esteve na bancada de apoio ao petista no Congresso Nacional.

Liderança

A atividade exercida por um deputado na função de líder é parte essencial do processo legislativo. Além de nortear a discussão e a votação de propostas, os líderes acumulam uma série de atribuições importantes, principalmente ligadas à articulação política e ao trabalho de unificação do discurso partidário.

Durante as votações, cabe ao líder expressar a opinião de quem ele representa: o partido, o bloco parlamentar, o governo ou a oposição. Ele também participa do colégio de líderes – órgão que, entre outras atribuições, define a pauta de votações do plenário. O colegiado é formado pelos líderes da Maioria, da Minoria, dos partidos, dos blocos e do governo.

No Plenário, cabe ao líder orientar a bancada quanto ao voto; falar por sua bancada no período destinado às comunicações das lideranças; e inscrever integrantes da bancada no horário destinado às comunicações parlamentares. O líder pode solicitar: a votação em globo de destaques; a dispensa da discussão de matérias que tenham parecer favorável de todas as comissões; o adiamento da discussão e da votação de um projeto. Também é função do líder registrar candidatos para concorrer a cargos da Mesa Diretora.

Como o PL tem uma bancada com 99 parlamentares, o líder pode requerer verificação de votação no Plenário, solicitar votação secreta, solicitar regime de prioridade para propostas, solicitar o adiamento de votação de propostas em regime de urgência, apresentar destaques para votação em separado, apresentar emendas aglutinativas, apresentar emendas a propostas que estão sendo votadas em segundo turno.

Nas comissões, os líderes têm a prerrogativa de encaminhar as votações e pedir a verificação do quorum para validar uma determinada votação, mesmo que não seja integrante da comissão. Também compete aos líderes indicar os parlamentares para compor as comissões e, a qualquer tempo, substituí-los. São eles, ainda, que indicam os candidatos a presidente das comissões a que tem direito seu partido/bloco. Os líderes também podem solicitar a criação de uma comissão especial para analisar uma proposta mais complexa.

FONTE: TRIBUNA DO NORTE

Morre o Rei Pelé aos 82 anos

Foto: Neil Hall / Getty Images

O futebol perdeu seu Rei. Nesta quinta-feira, morreu Pelé, o maior jogador da história, aos 82 anos.

A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório, mas uma estrutura foi montada na Vila Belmiro nos últimos dias para receber a vigília. O sepultamento ocorrerá em Santos.

O Atleta do Século estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde 29 de novembro. A internação aconteceu em virtude de uma infecção respiratória após ele contrair Covid-19 e para a reavaliação do tratamento de um câncer no cólon.

Pelé passou por uma cirurgia no local em setembro de 2021 e desde então vinha sendo submetido a repetidas sessões de quimioterapia. No início de 2022, foram detectadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado.

Em 21 de dezembro, o corpo clínico do hospital divulgou um boletim médico dizendo que Pelé apresentou uma “progressão da doença oncológica” e que necessitava de maiores cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca. Por isso, o ex-jogador não teve autorização para passar o Natal em casa, como queria a família.

Kely e Edinho Nascimento, filhos do Rei, publicaram fotos nas últimos dias com o pai no quarto em que ele estava internado. Outros filhos e neto também estiveram no local para a passagem do Natal.

Apesar do quadro complicado, Pelé passou alguns dias estável e com uma leve melhora. Nesta quinta, porém, a saúde do Rei voltou a piorar, e ele não resistiu.

Em virtude da idade avançada e do tratamento, as aparições públicas do Rei do Futebol se tornaram cada vez menos frequentes nos últimos anos. Em redes sociais, ele manifestava otimismo com a recuperação.

Pelé recebeu diversas homenagens durante a Copa do Mundo de 2022, disputada enquanto ele estava internado na capital paulista. Jogadores como Neymar, Richarlison e Mbappé desejaram melhoras ao gênio em meio ao torneio. Torcedores também exibiram faixas nos estádios.

Pelé deixa sete filhos e a esposa Márcia Aoki, com quem estava casado desde 2016. Do primeiro casamento, com Rosemeri Cholbi, nasceram Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. O ex-jogador também é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, de seu relacionamento com a psicóloga Assíria Lemos. Além desses, Pelé teve duas filhas fora do casamento: Sandra Regina, que só obteve o reconhecimento da paternidade pela Justiça, morta em 2006, e Flávia.

O maior jogador de futebol de todos os tempos estreou na Seleção em 1957, numa partida da Copa Rocca contra a Argentina, quando também fez seu primeiro gol com a camisa amarelinha. Pela equipe brasileira, com apenas 17 anos, venceu a Copa do Mundo na Suécia, em 1958.

Quatro anos depois, se machucaria na segunda rodada do Mundial do Chile, também vencido pelo Brasil. Após ser caçado em campo com duras faltas na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, ele comandou o lendário time brasileiro ao tricampeonato mundial em 1970, no México – é o único jogador a vencer três Copas.

Pelo Santos, Pelé é dono de marcas impressionantes: venceu dez vezes o Campeonato Paulista, torneio do qual foi o artilheiro por nove temporadas seguidas. Ainda foi bicampeão da Libertadores e do Mundial de clubes, em 1962 e 1963. Foi também com a camisa branca do Peixe que marcou seu milésimo gol, contra o Vasco, no Maracanã, no dia 19 de novembro de 1969.

Segundo números do Santos, Pelé marcou pelo clube 1.091 gols em 1.116 jogos.

Com a camisa canarinho, Pelé disputou 113 jogos e marcou 95 gols, de acordo com números da CBF. Nas contas da Fifa, que considera apenas jogos entre seleções, são 77 gols em 91 partidas.

Em toda a carreira, Pelé fez 1.282 gols em 1.364 partidas na contabilização feita pelo Santos. Nas redes sociais, o Rei dizia ter feito um a mais, 1.283.

Vida e obra

O garoto Edson ainda não tinha completado 10 anos quando viu o pai, Dondinho, chorando ao lado do rádio. A seleção brasileira havia acabado de ser batida pelo Uruguai na dolorosa derrota do Maracanã, na final da Copa de 1950, enterrando o sonho de toda a nação de ser campeã do mundo. Aquelas lágrimas levaram Dico, como era chamado na casa dos Arantes do Nascimento, em Bauru, a uma promessa: ganharia um Mundial para o pai se ele parasse de chorar.

Dico pouco depois se transformaria em Pelé e cumpriria aquele juramento: venceria não só uma, mas três Copas. Com sobras, ainda se tornaria o maior jogador de futebol de todos os tempos, ícone máximo de um esporte que, para muitos, é religião. Virou Rei, conquistou o mundo, e hoje seus súditos choram a sua morte, aos 82 anos.

Levará consigo marcas que talvez nunca sejam superadas. É o único tricampeão do mundo – a primeira taça vencida ainda como adolescente, aos 17 anos, na Suécia –, contou 1.281 gols, 95 deles pela Seleção, numa carreira de 21 anos que começou no Santos, em 1956, e terminou no Cosmos, de Nova York, em 1977.

Foto: Infoesporte

Sem as chuteiras, tornou-se um astro internacional, foi astro de cinema, gravou discos e emprestou sua imagem para vender uma infinidade de produtos, o maior garoto-propaganda tupiniquim. Teve uma vida atribulada, com polêmicas que vez ou outra o fizeram de vidraça. Ganhou fama de pé-frio, com seus palpites de pontaria que não poderia ser comparada, nem de longe, à de seus chutes.

Nos últimos anos, a casca dura de herói imbatível foi afinando com os seguidos problemas de saúde que mostravam a todos que Pelé era um ser humano – pois é, acredite. Em 2012, passou por uma cirurgia para corrigir um desgaste no quadril que lhe tirou parte do fêmur, afetado pelas imparáveis arrancadas nos anos de gramado. Em 2014, outro susto: foi internado para uma cirurgia de retirada de cálculos renais e, duas semanas depois, voltou ao hospital para tratar uma infecção urinária. Um ano depois, passou por uma cirurgia na coluna. Em 2019, voltou a sofrer com problemas urinários e foi internado – primeiro em Paris, depois em São Paulo.

FONTE: GE.GLOBO