Um incêndio de grandes proporções atingiu um galpão do terminal de cargas do aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, na tarde desta quarta-feira (18). Até o momento, não há informações sobre as causas do fogo ou feridos.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras, disse, em entrevista à Record TV, às 15h, que as chamas estavam controladas. No entanto, militares continuavam trabalhando nos pequenos focos de incêndio.
Segundo o major Contreiras, o galpão tem, aproximadamente, 250 metros de comprimento. O espaço abriga cargas de diversos materiais, como plásticos e madeiras, o que facilita a propagação das chamas.
Ainda de acordo com o porta-voz, a corporação não foi acionada para a ocorrência pela Brigada de Incêndio do aeroporto. Segundo ele, o Corpo de Bombeiros recebeu a informação por meio de telefonemas de populares e pela imprensa.
“A orientação é sempre essa: o primeiro combate pode ser feito pela brigada, tem material para isso. Mas o quanto antes a corporação tem que ser acionada. A gente está sempre para apoiar incêndio pequeno, médio ou grande”, explicou Contreiras.
Bombeiros de 13 unidades foram direcionados para o combate ao incêndio no terminal de cargas do Galeão. Além de 30 veículos da corporação, uma aeronave pousou na pista do aeroporto para atender eventuais vítimas.
RioGaleão
Segundo a concessionária que administra o Galeão, não houve impactos na operação de pousos e decolagens, tão pouco na movimentação e integridade das cargas de importação e exportação do aeroporto. A RioGaleão disse que a brigada atuou em conjunto com os bombeiros e ainda não comentou sobre o acionamento da ocorrência.
Investigação
A investigação das causas do incêndio deve ficar sob a responsabilidade da Polícia Civil, por ter ocorrido em uma área externa do aeroporto, de acordo com informações da Polícia Federal. No entanto, a instituição informou que está acompanhando o caso e as consequências dele.
Fumaça vista de diversos pontos
Mais cedo, a fumaça densa, provocada pelo fogo que consumiu o galpão, chamou a atenção da população em diversos pontos da Ilha do Governador.
Inclusive, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio alertou aos motoristas sobre a fumaça que chegava à linha Vermelha, que fica próxima ao aeroporto.
O primeiro contato da influencer Thais Midori, de 27 anos, com a Coreia do Sul foi há 16 anos com as bandas do estilo kpop.
Aos 20 anos, descobriu que podia fazer um intercâmbio para o país e estudar a língua. Desde então, viaja para o território coreano todo ano, sempre com o intuito de explorar a cultura. A primeira vez permaneceu seis meses e, depois, voltou durante as férias de janeiro e de julho.
Ao chegar lá, ela se deu conta de que a hospedagem era muito cara — e uma maneira de economizar seria ficar nos microapartamentos conhecidos como goshiwon, que têm apenas cerca de cinco metros quadrados e, às vezes, três.
“Tem em todos os lugares, em toda esquina. São mini prédios e cada andar tem vários apartamentos”, conta.
Na maioria das vezes em que ia estudar no país, ela optava por dormir nesse tipo de alojamento. “Em um hotel barato, 17 dias, por exemplo, você gasta R$ 3.500”, afirma. Já um aluguel desse tipo de acomodação sai, em média, R$ 1.900 por mês, segundo ela.
Foto: Arquivo pessoal
Assim como Thais, a influenciadora e mestranda Amanda Gomes, cearense de 30 anos, também é entusiasta da cultura oriental. Com uma bolsa de estudos que recebeu na faculdade, ela viajou para a Coreia do Sul e morou no local por um ano.
Ao retornar ao Brasil, resolveu que voltaria para Seul e passaria mais tempo. Para isso, fez um planejamento financeiro de um ano e foi estudar coreano.
As acomodações, porém, estavam além do seu orçamento e ela também recorreu a um goshiwon. “Vivia na linha da sobrevivência e essa moradia é muito barata aqui”, conta ela, que mora na Coreia há quatro anos.
O que é um goshiwon?
Goshiwons são moradias pequenas e bem mais em conta do que apartamentos convencionais coreanos. Foram pensados para estudantes que desejam ficar muito tempo se preparando para concursos públicos, que usarão o alojamento somente para dormir, ou para idosos que moram sozinhos e não têm condições financeiras de arcar com alugueis mais caros.
Quando o inquilino escolhe morar em um desses, ele pode optar por apartamentos com janela, sem janela, com banheiro privado ou compartilhado. As cozinhas e lavanderia são coletivas e alguns andares são divididos para homens e mulheres.
Foto: Gamaleldin Tarakhan
O goshiwon de Amanda, o modelo mais barato, tinha uma cama, uma porta como se fosse um armário, uma mesa e uma cadeira. “Eu tenho 1,68 de altura, a cama era menor que eu, meus pezinhos sobravam. As roupas ficavam (penduradas) em cima de mim e eu tinha que deitar, pois se eu sentasse, batia a cabeça nas peças”, relembra, rindo. Amanda conta que, se esticasse os braços, conseguia encostar nas duas paredes.
“O meu não tinha ar condicionado, só aquecedor. Aí ficava com ventilador. Uma vez fiquei com febre e pedi para me mudar de quarto para um que tivesse janela para ter uma ventilação melhor”, lembra a cearense.
Já o de Thais era um pouco maior, pois tinha banheiro interno, uma cama e uma escrivaninha. “Eu sempre pego com banheiro. É normal molhar o banheiro toda vez que ia tomar banho”, diz. Segundo as brasileiras, a grande vantagem desta moradia é a isenção de “alugueis caução” e um contrato de um ano. Diferentemente das outras habitações coreanas, que exigem um valor antecipado, basta a pessoa ter dinheiro para pagar o aluguel.
A moradia é uma alternativa para quem não tem tantos recursos financeiros e, ainda assim, deseja morar na capital Seul e em outras cidades coreanas, segundo elas.
‘Desconfortável’
Devido ao preço, não há muitas regalias em acomodações como essa. Quanto mais barato for, menos facilidades o apartamento terá. Há locais em que, mesmo tendo janela, a abertura dá para o corredor e o inquilino nunca verá a rua.
“Realmente não vejo quem more lá porque quer morar, e sim por razões financeiras. Eu, naquela época, era tranquila e não tinha condições financeiras. Se Deus quiser não volto mais a morar lá, já que é bem desconfortável, você ouve tudo e não tem privacidade. Dá para ouvir as pessoas conversando e brigando”, diz Amanda.
De acordo com Thais, o maior problema em seu goshiwon era a circulação de ar. Nesses apartamentos, quem controla o ar condicionado e o aquecedor, segundo ela, são os donos do imóvel, o que dificulta a regulagem dos aparelhos caso a pessoa sinta muito frio ou calor.
“Eu não podia tomar banho quente nem no inverno porque o quarto ficava todo úmido. Mesmo se eu abrisse a janela não batia vento. O ar não sai.”
Ela relembra que pediu para ligar o ar condicionado por mais tempo e a proprietária cedeu um ventilador. “No verão é muito quente. Tinha uma vizinha de Manaus que não conseguia acreditar. É um ar quente que fica em volta de você o tempo todo. Já no frio, eu tinha cobertor elétrico”, diz Thais.
Em relação às cozinhas, alguns gostam dos “mimos” oferecidos pelos proprietários dos goshiwons. No local, sempre há miojo e arroz para os moradores. “Tinha dia que comia miojo e arroz. Sempre vai ter um arroz pronto na panela, sacos de miojo para fazer e kimchi (acelga fermentada)”, conta Thais.
As brasileiras afirmam que os valores dessas acomodações são razoáveis para morar no país. Geralmente, os preços dos imóveis são exorbitantes e, muitas vezes, é melhor escolher um goshiwon e poupar dinheiro durante a estadia na Coreia do Sul, na avaliação delas.
“Para quem quer viajar e passar muito tempo, como 60 ou 90 dias, pode ser uma boa alternativa”, diz Amanda.
Nunca alugue sem visitar
É muito comum ver placas pelos bairros anunciando goshiwons, além de conseguir indicações de amigos, segundo as entrevistadas. Também há sites que disponibilizam esse tipo de imóvel.
No entanto, há lugares que podem ter problemas com mofo, por exemplo, de acordo com os relatos. Por isso, as brasileiras dizem que é importante visitar a acomodação antes de fechar qualquer contrato.
Também é comum encontrar esses miniapartamentos em sites de hospedagem, como Airbnb, para estadias de longa ou curta duração. O valor mensal pelo aplicativo, por exemplo, pode sair por US$ 700 (cerca de R$ 3.500). “Você tem uma proteção do app, porque quando você lida diretamente com um coreano é mais difícil”, afirma Thais.
As brasileiras alertam que há casos de encontrar cabelo no banheiro, lençol que não foi bem limpo e até de outra pessoa.
E dizem que é necessário ir com a mente aberta, pois a experiência pode ser bem claustrofóbica, segundo as brasileiras.
Se você está no país, é recomendado falar um pouco de coreano ou ir com alguém que domine a língua, pois muitos proprietários são idosos e não falam inglês ou outro idioma, de acordo com elas.
‘Miniapartamentos’ maiores
Outra opção comum de moradia são os apartamentos menores que os tradicionais, mas um pouco maiores do que os de cinco ou três metros quadrados.
Eles são chamados de one room (um quarto) — parecidos com kitnets convencionais do Brasil. Alguns podem ter até 10 ou 16 metros quadrados. Para essas moradias, porém, é necessário um contrato de um ano, com depósito.
“O ser humano se adapta às situações. Questão de espaço já não me incomoda tanto”, diz Amanda, que mora em um desses atualmente e em breve mudará para um apartamento de dois quartos.
Mesmo sendo mais caro do que os goshiwons, esses também podem ser uma alternativa para quem tem um pouco mais de dinheiro, mas ainda assim não consegue pagar por um apartamento convencional de um ou dois quartos. “São apartamentos mais antigos e, às vezes, você precisa dar um calção de US$ 1000”, conta a influenciadora.
Atualmente, a cearense trabalha criando conteúdo na internet sobre a Coreia e cursa mestrado em turismo e história, além de trabalhar para órgãos ligados à Unesco. Ela não pretende voltar ao Brasil.
“Trabalho com conteúdos de cultura e turismo e, atualmente, trabalho ajudando brasileiros que querem viajar ou estudar no país”, diz. Thais também tem seus canais nas redes sociais, onde compartilha curiosidades sobre o território coreano.
Brasileiros continuam enfrentando filas para tirar o visto de negócios e turismo dos Estados Unidos da América pela primeira vez.
O consulado norte-americano em São Paulo é o que apresenta a maior espera para a entrevista daqueles que pretendem tirar o visto B1/B2 pela primeira vez.
O escritório de Serviços Consulares do Departamento de Estado norte-americano atualiza a estimativa do tempo necessário para que seja possível realizar a entrevista. De acordo com o serviço, atualmente a fila para a entrevista no estado é de 505 dias.
Em outras capitais, o tempo de espera é menor, mas demora ao menos onze meses. No Rio de Janeiro, brasileiros têm que aguardar cerca de 435 dias para uma entrevista; na Capital Federal, o período cai para 434 dias; no Recife, a estimativa é que haja uma demora de 361 dias e em Porto Alegre, pessoas precisam aguardar cerca de 337 dias para a entrevista do visto B1/B2.
Um dos principais motivos da delonga é a demanda reprimida de pessoas que queriam visitar os Estados Unidos, mas não podiam, por causa de medidas tomadas durante o período mais grave da pandemia da Covid-19, para evitar a contaminação pela doença.
Em março de 2020, os EUA impuseram restrições à entrada de pessoas não essenciais no país. A reabertura para turistas vacinados foi começou no início de novembro do ano seguinte.
Medidas para reduzir tempo de espera
Por meio de nota, o Consulado dos Estados Unidos em São Paulo informou que medidas vêm sendo tomadas para reduzir o período de espera.
“Desde a retomada pós-pandemia do processamento regular de vistos, a Embaixada e Consulados no Brasil têm trabalhado ativamente para contratar e treinar funcionários adicionais e acrescentamos horas e dias extras (como Super Sábados) para aumentar a capacidade de processamento de vistos.
“Ampliamos para 48 meses o período para que solicitantes renovem seus vistos de não-imigrante sem a necessidade de uma entrevista. Como resultado, em novembro de 2022, a Embaixada e Consulados dos EUA emitiram em todo o país 66% mais vistos de turista e negócios do que no mesmo período pré-pandemia”.
Os representantes do governo de Joe Biden no Brasil informam ainda que “os candidatos que possuem uma viagem emergencial podem solicitar o adiantamento da entrevista, de acordo com instrução no site”, e que, após o pagamento da taxa, o solicitante tem até 365 dias para agendar uma entrevista.
“Uma vez agendada, o pagamento permanecerá válido até a data da entrevista. Não há exigência de que a entrevista ocorra durante o período de 365 dias”.
Enquanto o visto de negócios e turismo é o mais requisitado por brasileiros, o tempo para tirar outros tipos de vistos é bem menor e pode chegar a apenas um dia de espera. Nos casos de renovação, o período de aguardo também é inferior e em certos casos, a entrevista pode ser descartada.
Prorrogação de medida que dispensa entrevista de certos candidatos
No final do ano passado, o departamento de estado dos EUA divulgou um comunicado, prorrogando uma medida que autoriza funcionários consulares a dispensarem a entrevista pessoal para candidatos de determinados vistos, que estão solicitando o documento pela primeira vez.
O ofício informa, porém, que os funcionários consulares ainda podem exigir uma entrevista pessoal caso a caso, levando em consideração as condições locais.
As autoridades norte-americanas sugerem que os candidatos aos vistos verifiquem os sites das embaixadas e consulados para obter informações mais detalhadas e atualizadas sobre os serviços prestados.
Brasileiros que viajaram aos EUA
Dados do Escritório Nacional de Viagem e Turismo dos EUA mostram que, de janeiro a novembro de 2022, o Brasil foi o sétimo país que mais enviou viajantes aos Estados Unidos, com 1.074 milhão de pessoas entrando em solo americano para atividades turísticas.
Ao todo, mais de 6,2 milhões de brasileiros têm o visto americano de turismo, sendo que 682 mil foram emitidos nos onze primeiros meses do ano passado.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou nesta terça-feira (17), que o governo estuda fazer uma reforma do Imposto de Renda no segundo semestre deste ano. Durante sua participação em um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ele explicou que o foco inicial será na reforma tributária sobre o consumo, prevista ainda para o primeiro semestre, para depois desenvolver a reforma tributária sobre a renda.
“No segundo semestre, queremos votar a reforma tributária sobre a renda, para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto. Precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda no Brasil”, explicou.
Haddad participou do painel “Brazil: A New Roadmap” (Brasil: uma nova rota, em tradução livre), ao lado da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva (Rede). Os dois representam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no evento, em um aceno aos investidores internacionais de que o Brasil perseguirá uma agenda que concilie desenvolvimento e sustentabilidade.
Após um jantar promovido pelo BTG Pactual, o ministro acrescentou que ainda não há detalhes definidos sobre como o governo deve fazer a reforma tributária sobre a renda no segundo semestre de 2023, segundo informações do Valor Econômico.
Para Mauro Silva, presidente da Unafisco Nacional (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), a reforma no IR e um reajuste na tabela não é um trabalho “para um único governo fazer de uma vez só”, mas é possível dar um primeiro passo.
Considerando que o último ajuste integral foi realizado em 1996, de lá para cá, a desafagem acumulada é de 148,10%, conforme as estimativas da associação divulgadas na última quinta-feira (12), já considerando o IPCA acumulado de 2022 (5,79%), divulgado pelo IBGE.
Na visão de Silva, o primeiro passo seria colocar em vigor um reajuste condizente com a inflação acumulada de 2022, além de um dispositivo de lei que definisse que a tabela deve ser reajustada anualmente. Se isso fosse feito, o reajuste passaria a valer para a temporada de declaração de 2024, referente ao ano-calendário de 2023.
Se um reajuste integral fosse feito hoje, contribuintes com salários de até R$ 4.723,78 não precisariam arcar com os tributos e um total de 27,4 milhões de pessoas seriam isentas da declaração de IR, segundo os dados da Unafisco, atualizados com a inflação do IBGE, divulgados na quinta (12).
Promessas de campanha
A correção da tabela do Imposto de Renda é uma discussão que se arrasta há anos. Em sua eleição, em 2018, Jair Bolsonaro havia prometido reajustar os valores. A ideia, que não foi cumprida, era isentar do IR quem ganha até 5 salários mínimos, cerca de R$ 5 mil.
Em 2021, o governo Bolsonaro chegou a propor a correção da tabela, em um valor inferior ao prometido na campanha, dentro de um projeto de reforma do IR. Mas o projeto não avançou no Congresso.
A proposta corrigiria as faixas de tributação e ampliaria o limite de isenção do imposto de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil ao mês. Na ocasião, o Ministério da Economia estimou que a medida teria um custo anual de pelo menos R$ 22 bilhões por ano.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também afirmou, durante campanha, que a primeira medida que tomaria caso vencesse as eleições seria anunciar o reajuste da tabela do Imposto de Renda: a promessa é zerar o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil por mês. Mas, por ora, nada nesse sentido ainda saiu do papel. Lula já assinou 52 decretos presidenciais e pelo menos três medidas provisórias.
O custo da medida poderia ser compensado pela taxação de lucros e dividendos, prevista na proposta de reforma tributária.
Segundo Marcelo Lettieri, auditor-fiscal e diretor-adjunto de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional, a proposta de isentar essa parcela de contribuintes “é completamente factível” justamente porque “passaria a incluir também a tributação dos mais ricos a partir da reestruturação do Imposto de Renda”. Na visão dele, a tributação de lucros e dividendos e o fim da dedução dos juros sobre capital próprio são mudanças necessárias para a correção da tabela sair tornar-se realidade.
O pai de Maria Luiza Oliveira, de 14 anos, que ficou ferida ao cair de uma tirolesa no Mineirão, em Belo Horizonte, relatou momentos de tensão que ele, a esposa e as duas irmãs da adolescente vivenciaram.
Apesar de rejeitar – em um primeiro momento – a ideia de uma aventura em família, o jornalista e pai da jovem, Alê Oliveira, acabou cedendo. Então, na última quinta-feira (12/1), todos foram ao Estádio Governador Magalhães Pinto para tentar uma diversão familiar diferente.
“Eu sou meio reticente em relação às atividades de aventura, mas, como tinha o nome do Mineirão envolvido, tive uma confiança maior”, inicia Alê, destacando que ele queria ir primeiro.
“Indo na frente, eu poderia filmar e pegar a descida das minhas filhas, mas ela [Maria Luiza] não deixou. Então, nós começamos a filmar para brincar com ela”, conta o jornalista, acrescentando o que sentiu quando viu a filha despencar do brinquedo: “Foi a pior sensação da minha vida.”
Mineirão encerra atividades de tirolesa
Após a queda da adolescente, a tirolesa foi retirada de circulação, conforme informou a gestão do estádio nas redes sociais nesta terça-feira (17/1). Segundo o Mineirão, “a perícia realizada identificou falha humana na operação”.
Conforme o comunicado, Malu, como é chamada por amigos e familiares, recebeu atendimento médico ainda no local e foi encaminhada para o Hospital João XXIII, onde foram identificadas leves escoriações. Ainda de acordo com a comunicação, a jovem foi liberada no mesmo dia.
Nas redes sociais, o pai da jovem disse ainda que refletiu se postaria ou não o vídeo do acidente e justificou sua atitude ao tornar as imagens públicas. “Essa decisão foi um grito contra a irresponsabilidade, impunidade e a falta de cuidado com a vida do próximo. (…). Fico imaginando todo o tempo o que teria acontecido se ela tivesse caído só um pouco à frente”, escreveu Alê em seu perfil oficial no Instagram.
A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta quarta-feira (18) a parcela de janeiro do Bolsa Família com valor mínimo de R$ 600. Recebem hoje os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,9 milhões de famílias, com um gasto de R$ 13,38 bilhões. O valor médio recebido por família equivale a R$ 614,21.
A partir deste mês, o programa social, que estava com o nome de Auxílio Brasil no governo anterior, volta a ser chamado de Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.
Em publicação nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu que a manutenção da parcela mínima segue o compromisso estabelecido entre o novo governo e o Congresso Nacional. “Começaremos o pagamento de R$ 600 para famílias beneficiárias. Compromisso firmado durante a campanha e que conseguimos graças a PEC que aprovamos ainda na transição, já que o valor não tinha sido previsto no orçamento pelo governo anterior”, postou o presidente.
O pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos ainda não começou. Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que o valor extra só começará a ser pago em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
A ativista Greta Thunberg foi detida, nesta terça-feira (17), durante protestos contra a demolição de uma vila perto da cidade de Luetzerath, na Alemanha. Segundo a policia do país, outros ativistas que estavam comGreta também foram presos.
O local pelo qual os ativistas estão protestando, está sendo derrubado por conta das obras de expansão de uma mina de carvão mineral a céu aberto.
As atividades mineração no local deve ser retomadas nos próximos meses para atender à demanda energética ligada à crise de abastecimento que atingiu a Alemanha após o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Thunberg foi detida enquanto protestava na mina de carvão a céu aberto localizada a cerca de 9 quilômetros de Luetzerath. Ela se sentou com um grupo de manifestantes perto da borda da mina. A polícia da Alemanha afirmou que Greta fazia parte de um grupo de ativistas que estava na borda da mina, e que ela foi abordada e carregada pelos policiais para fora de uma região supostamente perigosa. Um dos ativistas chegou a pular na mina, de acordo com a polícia
Em Pernambuco, há 2,1 milhões de pessoas passando fome, com quatro em cada dez pessoas em situação de insegurança alimentar moderada ou grave – FOTO: DAY SANTOS/JC IMAGEM
Foi votado, nesta terça-feira (17), o projeto de lei que criou auxílios que chegam a R$ 12.377,37 no mês para os deputados estaduais em Pernambuco. O valor contrasta com a realidade da dona de casa Adriana Cristina de Lira, que mantém uma família com um salário mínimo, e de tantos outros cidadãos do Estado.
Mãe de quatro filhos, a moradora da periferia do Recife terá um incremento de R$ 18 na renda da família: de R$ 1.302 já que, na casa, só o marido trabalha – enquanto ela cuida das crianças. Com esse valor, eles se viram para custear as despesas.
“Com isso, pagamos a luz, fazemos feira e enchemos bujão; mas ainda não dá, porque são quatro crianças em fase de crescimento. O feijão está caro, as coisas estão caras. Quando fomos fazer feira, ficamos passados. Tiramos R$ 600 para fazer a feira e não trouxemos quase nada”, contou.
Há um déficit habitacional de cerca de 247 mil unidades em Pernambuco, que contabilizam famílias que vivem em palafitas, áreas de risco e moradias com estrutura precária. Há, ainda, pessoas em situação de rua, que não integram essa conta.
Somente 1,3 milhão de pessoas no Estado – que tem uma população acima de 9 milhões – contava com um plano de saúde em setembro de 2022, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As demais dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos hospitais, muitas vezes em condições precárias e com longas filas de espera por exames.
Sobretudo em Pernambuco há 2,1 milhões de pessoas passando fome, com quatro em cada dez pessoas em situação de insegurança alimentar moderada ou grave, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (Vigisan).
Para essas pessoas, não há auxílios-moradia, saúde ou alimentação, como aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) com os valores de R$ 6.483,39, R$ 2.946,99 e R$ 2.946,99, respectivamente. Custos que representam até cerca de R$ 7 milhões por ano, somados os ganhos dos 49 deputados.
Isso sem contar que os parlamentares já tiveram um aumento de R$ 4,1 mil desde 1º de janeiro deste ano, com salário passando de R$ 25,3 mil para R$ 29,4 mil. Ainda, prevê uma correção escalonada até 2025.
Assim, em 1º de abril, passará a ser R$ 31,2 mil. No ano seguinte, a partir do dia 1º de fevereiro de 2024, os deputados vão passar a receber R$ 33 mil; e em 1º de fevereiro de 2025, esse valor sofrerá um novo reajuste para R$ 34,7 mil.
Dessa forma, ainda em 2023, os deputados estaduais, somando o salário reajustado em abril e o valor fixado pelos auxílios, caso sejam aprovados, passarão a receber mais de R$ 43,5 mil por mês.
Nas ruas, a população está revoltada com a possível aprovação dos benefícios. “É um absurdo. Enquanto a gente corre tanto atrás para ter o pão de cada dia”, disse a confeiteira Priscila da Silva.
O aposentado Luiz Francisco Nunes afirmou: “não tenho nada contra eles, mas é uma indecência, não deveria existir num país onde tem não sei quantos milhões de pessoas passando fome”.
Em 12 de janeiro, uma ação popular no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) pediu a anulação da sessão de votação e da possível criação dos auxílios. O documento foi assinado por diversos advogados.
Eles visam “anular o ato lesivo ao patrimônio público praticado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco e seus deputados, que, não satisfeitos com o aumento dos próprios salários exorbitantes, estão para votar em benefícios próprios de forma abusiva e desarrazoados auxílios parlamentares, entre eles auxílio moradia, auxílio alimentação e auxílio saúde”.
O juiz Luiz Gomes da Rocha, da 2ª Vara da Fazenda Pública, deu cinco dias para que o Estado de Pernambuco, a Assembleia Legislativa e seu presidente, deputado Eriberto Medeiros, se manifestem sobre a ação.
Aumento nos salários da governadora e da vice-governadora
Na segunda-feira (16), os dois projetos de lei que dispõem sobre o aumento dos salários da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), dos secretários de Estado e dos deputados estaduais foram promulgados pelo presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Eriberto Medeiros (PSB).
Agora, com o reajuste de até 126%, o salário para o cargo de governadora, que antes era de R$ 9,6 mil, agora passa a ser R$ 22 mil. Entretanto, Raquel Lyra não irá receber esse valor, pois continuará com o salário de servidora da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), com vencimento de R$ 32 mil.
Já a vice-governadora Priscila Krause passará a receber R$ 18 mil, assim como os secretários estaduais também vão receber o mesmo valor mensal. Antes da promulgação, o subsídio para o cargo de vice-governadora era de R$ 8,9 mil e dos auxiliares era de R$ 12.261,20.