Lais UFRN divulga nota sobre as acusações da operação sífilis

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Carta aberta à sociedade

A sífilis é um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil. Em 2016, o Governo Federal reconheceu que o país passava por uma epidemia dessa Infecção Sexualmente Transmissível. A partir daí, o Ministério da Saúde reuniu parceiros, entre eles a UFRN, destinando recursos que pudessem apoiar o controle da doença.

O Projeto “Pesquisa Aplicada para Integração Inteligente Orientada ao Fortalecimento da Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção”, executado por pesquisadores da UFRN, é resultado dessa parceria institucional. Esse Projeto, de natureza acadêmica, ficou mais conhecido como “Sífilis Não” a partir de fevereiro de 2018.

O “Sífilis Não” é um Projeto de desenvolvimento científico tecnológico que foi aprovado com base na Resolução 061/2016 da UFRN, vigente à época, que diz:
Art. 4º. Os projetos de ensino, pesquisa, extensão, de desenvolvimento científico e tecnológico e de estímulo à inovação, a serem desenvolvidos no âmbito da Universidade, devem ser registrados nos sistemas SIG-UFRN (SIGAA e SIPAC) e obrigatoriamente aprovados pelo Plenário do Departamento ou pelo Conselho da Unidade Acadêmica Especializada em que se encontra lotado o seu coordenador, e, quando previsto em norma específica, aprovados pelo Conselho de Centro.

Esse processo não foi rápido. Da elaboração até a aprovação, foram quatro meses passando por diferentes instâncias até que as ações fossem iniciadas.

Desde o início de sua operacionalização, em todas as atividades previstas nos quatro eixos indicados pelo Ministério da Saúde (Vigilância, Gestão e Governança, Cuidado Integral e Educomunicação), o Projeto “Sífilis Não” é auditado pela CGU e TCU e acompanhado pelo MPF, além de passar por auditorias internas da universidade. Todas as informações, sempre que solicitadas pelas autoridades, foram prontamente fornecidas.

Ao longo dos últimos anos, muito foi produzido e conquistado. A sífilis congênita foi reduzida em 15% somente de 2018 a 2019, após o primeiro ano de intervenção do Projeto. Há um novo teste rápido já desenvolvido que fortalecerá o diagnóstico da sífilis.

Também há um novo sistema para gerenciar os casos de sífilis em gestantes em uso por vários municípios do Brasil, dentre outros importantes resultados.

Além disso, foram produzidos Recursos Educacionais Abertos direcionados ao tema que, hoje, somam mais de 270 mil pessoas matriculadas em cursos a distância em todo o país. Na área de pesquisa e desenvolvimento, foram publicados mais de 50 artigos científicos em periódicos de reconhecimento nacional e internacional tendo a sífilis como tema; há uma patente e dez softwares registrados; e mais de 230 trabalhos acadêmicos, incluindo TCCs, dissertações de mestrado, teses de doutorado, resumos e artigos em congressos.

Diante de tantos resultados positivos alcançados e reconhecidos, reiteramos a disponibilidade para esclarecer todos os pontos que estão sendo levantados pelo trabalho da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, com transparência e responsabilidade, evidenciando a verdade.

Um aspecto levantado pela investigação diz respeito ao pagamento de despesas de viagens para pessoas que não têm ligação com o Projeto. No caso específico, foram citados uma babá e o filho do coordenador desse Projeto. A afirmação não é real. Nas duas ocasiões em que as pessoas citadas viajaram (para São Paulo e Mossoró), as despesas de passagens, hospedagem e alimentação foram integralmente pagas com recursos próprios do coordenador. Os documentos comprobatórios do pagamento estão na posse dos advogados e serão entregues às autoridades competentes no momento devido.

Outro ponto da investigação diz respeito ao uso de cartão corporativo. Os cartões mencionados foram utilizados por um tempo determinado, para custear atividades relacionadas às cooperações interinstitucionais.

Diante disso, ressaltamos que em nenhum momento os pesquisadores foram convocados para prestar quaisquer esclarecimentos quanto aos fatos apurados e possuem convicção de que, após tal oportunização, esclarecerão todos os pontos trazidos na investigação, ensejando o seu pronto arquivamento.

Reafirmamos nosso compromisso com a ciência, direcionando todos os esforços na construção de uma sociedade sustentável e em constante desenvolvimento.

Coordenação do Projeto “Sífilis Não”

@laishuol

PRA MUDAR SEU DIA: Anitta compra mansão com cascata por R$9 milhões em rua de famosos no rio

Foto: rep youtube

Anitta está de casa nova. Ou melhor, mansão. A cantora comprou um imóvel por R$ 9 milhões em São Conrado, na Zona Sul do Rio, e um detalhe foi determinante para que fechasse o negócio: uma cascata e um riacho que ficam dentro da propriedade cercada de verde.

A mansão ocupa um terreno de 1950 m² na rua Iposeira, endereço de ricos e famosos na cidade. Linear, ela é menor do que a que Anitta ocupava e está à venda na Barra da Tijuca.

Na nova residência, Anitta dispõe de quatro quartos, sendo duas suítes, mais banheiro social e suíte master com closet e uma banheira de hidromassagem, com vista para a área externa da casa.

A ampla sala é toda envidraçada e dá para uma varanda com deck, onde estão mesas e sofá, como num lounge. Linear, o imóvel possui um mezanino que funciona como home theater.

Copa cozinha planejada com armários, despensa, área de serviço e duas dependências completas, sendo uma independente do resto da casa compõem a área de uso comum.

Do lado externo, foram construídos canil, garagem, área gourmet com churrasqueira e forno de pizza e conta com paisagismo ao redor da piscina, sauna à vapor e deck de meditação, onde está uma estátua de Buda.

O que mais chamou atenção de Anitta no imóvel, porém, foi a natureza. Lá dentro do terreno, por baixo da casa principal, passa um rio, com direito a piscina natural e cascata, além de um ofurô. O terreno conta ainda com um escritório com entrada independente e belíssima vista. O projeto da arquiteta Deborah Wilcox foi vencedor de dois prêmios In Magazine e Casa Shopping Magazine.

Extra.globo

Mourão elogia novo comandante do Exército escolhido por Lula

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

General da reserva, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) elogiou o novo comandante do Exército escolhido por Lula, general Tomás Paiva.

À coluna Mourão avaliou que Paiva é um “excelente profissional” e tem o “conhecimento e a liderança necessários ao momento” que as Forças Armadas vivem.

“O momento é de afirmação dos valores militares, de não permitir influência política em assuntos internos e de manter os integrantes do Exército unidos e coesos”, afirmou Mourão, que é senador eleito pelo Rio Grande do Sul.

No fim de semana, Mourão havia criticado a troca no comando do Exército. Segundo ele, a mudança poderia alimentar uma crise do governo Lula com as Forças Armadas.

“Se o motivo foi tentativa de pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação, mostra que o governo realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército. Isso aí é péssimo para o país”, disse Mourão ao jornal Folha de S.Paulo.

Como noticiou a coluna, a gota d’água para Lula exonerar o general Julio Cesar de Arruda do comando do Exército foi a recusa do militar em cumprir uma ordem de dispensa.

Arruda teria resistido a dispensar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Jair Bolsonaro, do comando do Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia.

Metrópoles

Receita Federal apreende equivalente a R$ 100 mil de supermaconha no Aeroporto do Recife

Foto: Divulgação/Receita Federal

A Receita Federal apreendeu um quilo de skunk, droga conhecida como “supermaconha”, na manhã desta quarta-feira (25), no Aeroporto Internacional do Recife, localizado no bairro da Imbiribeira, Zona Sul da capital pernambucana. A carga é avaliada em R$ 100 mil.

O skunk estava dividido em dois pacotes de meio quilo cada um com um passageiro. Ele carregava a droga na bagagem de mão.

Segundo a Receita, o passageiro tinha como origem a cidade de Manaus e, após escala em Fortaleza, chegou ao destino, o Recife.

A droga foi identificada no scanner da fiscalização aduaneira.

Após a identificação, o skunk foi entregue à Polícia Federal do terminal aéreo, e o passageiro autuado em flagrante.

Folha de Pernambuco

Papa Francisco: ‘Homossexualidade não é crime’

Foto: Domenico Stinellis/AP

O Papa Francisco criticou as leis que criminalizam a homossexualidade como “injustas”, dizendo que Deus ama todos os seus filhos assim como eles são e pediu aos bispos católicos que apoiam as leis contrárias a isso que recebam pessoas LGBTQ na igreja.

“Ser homossexual não é crime”, disse Francis durante uma entrevista nesta terça-feira (24) à Associated Press.

Francisco reconheceu que os bispos católicos em algumas partes do mundo apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQ, e ele mesmo se referiu à questão em termos de “pecado”. Mas ele atribuiu tais atitudes a origens culturais e disse que os bispos em particular precisam passar por um processo de mudança para reconhecer a dignidade de todos.

“Estes bispos têm que ter um processo de conversão”, disse, acrescentando que devem aplicar “ternura, por favor, como Deus tem por cada um de nós”.

Cerca de 67 países ou jurisdições em todo o mundo criminalizam a atividade sexual consensual entre pessoas do mesmo sexo, 11 dos quais podem ou impõem a pena de morte, de acordo com o The Human Dignity Trust, que trabalha para acabar com essas leis. Especialistas dizem que mesmo onde as leis não são aplicadas, elas contribuem para o assédio, estigmatização e violência contra pessoas LGBTQ.

Nos EUA, mais de uma dúzia de estados ainda têm leis anti-sodomia nos livros, apesar de uma decisão da Suprema Corte de 2003 declarando-as inconstitucionais. Os defensores dos direitos dos homossexuais dizem que as leis antiquadas são usadas para assediar os homossexuais e apontam para a nova legislação, como a lei “Não diga gay” na Flórida, que proíbe a instrução sobre orientação sexual e identidade de gênero do jardim de infância até a terceira série, como evidência de esforços contínuos para marginalizar as pessoas LGBTQ.

As Nações Unidas pediram repetidamente o fim das leis que criminalizam a homossexualidade, dizendo que elas violam os direitos à privacidade e à liberdade de discriminação e são uma violação das obrigações dos países sob o direito internacional de proteger os direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual. ou identidade de gênero.

Declarando tais leis “injustas”, Francisco disse que a Igreja Católica pode e deve trabalhar para acabar com elas. “Deve fazer isso. Deve fazer isso ”, disse ele.

Francisco citou o Catecismo da Igreja Católica ao dizer que os gays devem ser bem-vindos e respeitados, e não devem ser marginalizados ou discriminados.

“Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”, disse Francisco, falando à AP no hotel do Vaticano onde mora.

Essas leis são comuns na África e no Oriente Médio e datam da época colonial britânica ou são inspiradas na lei islâmica. Alguns bispos católicos os apoiaram fortemente como consistentes com o ensinamento do Vaticano que considera a atividade homossexual “intrinsecamente desordenada”, enquanto outros pediram que fossem anulados como uma violação da dignidade humana básica.

Em 2019, esperava-se que Francisco fizesse uma declaração se opondo à criminalização da homossexualidade durante uma reunião com grupos de direitos humanos que realizaram pesquisas sobre os efeitos de tais leis e das chamadas “terapias de conversão”.

Na terça-feira, Francisco disse que precisava haver uma distinção entre crime e pecado em relação à homossexualidade.

“Ser homossexual não é crime”, disse ele. “Não é crime. Sim, mas é pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime.”

“Também é pecado faltar à caridade uns com os outros”, acrescentou.

O ensinamento católico sustenta que, embora os gays devam ser tratados com respeito, os atos homossexuais são “intrinsecamente desordenados”. Francisco não mudou esse ensinamento, mas fez do alcance da comunidade LGBTQ uma marca registrada de seu papado.

Começando com sua famosa declaração de 2013, “Quem sou eu para julgar?” quando foi questionado sobre um padre supostamente gay, Francisco passou a ministrar repetidamente e publicamente à comunidade gay e trans. Como arcebispo de Buenos Aires, ele favoreceu a concessão de proteção legal a casais do mesmo sexo como alternativa ao endosso ao casamento gay, que a doutrina católica proíbe.

Apesar de tal alcance, Francisco foi criticado pela comunidade católica LGBTQ por um decreto de 2021 do escritório de doutrina do Vaticano de que a Igreja não pode abençoar uniões do mesmo sexo “porque Deus não pode abençoar o pecado”.

G1.globo

Bancar duto argentino é contradição da gestão Lula, dizem especialistas

Foto: reprodução/internet/Poder360

A confirmação do financiamento pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção do gasoduto Néstor Kirchner indica contradições no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo especialistas ouvidos pelo Poder360.

Para o diretor para a América Latina da ONG 350.org, Ilan Zugman, o governo brasileiro não deveria financiar as obras. Isso porque o gasoduto vai escoar a produção de gás de xisto na reserva de Vaca Muerta –entenda o caso mais abaixo. Esse tipo de insumo exige a utilização da técnica de fraturamento hidráulico, mais poluente.

“Esse anúncio nos pegou de surpresa. É uma grande contradição com o que foi falado se o governo realmente decidir que o dinheiro do BNDES será usado para a construção de um gasoduto que utiliza a técnica do fracking para extrair esse combustível”, afirmou.

De acordo com Zugman, há relatos de impactos socioambientais e de saúde no entorno de Vaca Muerta relacionadas à exploração do gás de xisto.

O diretor e fundador do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Adriano Pires, cita outra contradição na decisão de bancar o gasoduto na Argentina. O país vizinho tem 16.000 km de dutos construídos, e o Brasil, só 9.400. Enquanto isso, quase metade da produção de gás do pré-sal é reinjetada nos poços por falta de infraestrutura de escoamento.

Pires afirma, no entanto, que uma maior oferta de gás da Argentina poderia beneficiar o Brasil, visando a uma possível restrição na oferta do insumo boliviano.

Por outro lado, ele vê o financiamento do gasoduto argentino como um investimento de risco.

“O risco é muito grande. Infelizmente, a Argentina e a América Latina como um todo têm uma instabilidade política e regulatória muito grande. Não sabemos o que é a Argentina daqui a 12 meses. O que é instabilidade política? Congelar o preço do gás, proibir ou colocar imposto de exportação… isso já foi feito diversas vezes”, disse.

FRATURAMENTO HIDRÁULICO NO BRASIL
O fraturamento hidráulico não é regulamentado no Brasil.


Em dezembro de 2022, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um edital para a perfuração do 1º poço utilizando essa técnica, os dados seriam divulgados para estudo, com o objetivo de destravar a exploração de recursos não-convencionais no país.

A ONG 350.org pediu ao governo de transição de Lula que o edital do Poço Transparente seja revogado, até que os impactos fossem melhor entendidos e mais consultas fossem feitas.

“O Brasil nunca esteve tão perto de viabilizar o fracking. Esse lançamento do edital foi o maior passo que o Brasil já deu na busca de poder utilizar essa técnica que já foi proibida em várias partes do mundo”, declarou Zugman.

Em 2013, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) licitou blocos em formações geológicas que demandariam a técnica de fraturamento. Foram arrematadas 72 áreas. Mas decisões judiciais em Alagoas, Bahia, Sergipe e Paraná suspenderam a exploração nas áreas.

Em julho de 2019, o governo do Paraná sancionou lei que proíbe o uso da técnica no Estado. Eis a íntegra (721 KB).

Fora do país, a técnica é proibida em lugares como Bulgária, França e Reino Unido.

O QUE É GÁS DE XISTO

A reserva de Vaca Muerta, no oeste da Argentina, é uma formação geológica rica em gás e óleo de xisto. O xisto é um tipo de rocha metamórfica que tem um aspecto folheado e pode abrigar gás e óleo em frestas. Para extrair gás desse tipo de local há um processo considerado muito danoso ao meio ambiente, porque é necessário quebrar o solo, num sistema conhecido em inglês como “fracking”, derivado de “hydraulic fracturing”.

Nesse tipo de processo, é necessário fazer uma perfuração vertical no solo até uma determinada profundidade. Depois, a broca muda para a direção horizontal para ir fraturando o solo, inserindo água e produtos químicos e assim liberando gás e óleo que possa estar “preso” entre as rochas.

O gás de xisto é muito explorado nos Estados Unidos e foi fonte de energia barata nas últimas décadas para turbinar o crescimento econômico norte-americano. Mas há muitas preocupações com o efeito que isso causa ao meio ambiente. A Escola de Saúde Pública de Yale, uma universidade dos EUA, publicou um texto em março de 2022 dizendo que o “fracking” usado “extensivamente aumentou as preocupações sobre o impacto no meio ambiente e na saúde das pessoas”.

“O processo requer grande volume de água, emite gases que provocam o efeito estufa, como o metano, libera ar tóxico na atmosfera e produz barulho. Estudos indicam que esse tipo de operação para extrair óleo e gás podem levar a perda dos habitats de plantas e animais, declínio das espécies, disrupções migratórias e degradação da terra. Estudos também demonstraram haver uma associação entre os locais de extração de óleo e gás de xisto com gravidezes malsucedidas, incidência de câncer, hospitalizações e episódios de asma”, diz o texto da Yale University.

O financiamento de um gasoduto que pretende transportar gás de xisto é hoje contraditório para a agenda verde do BNDES, que tem sido uma das prioridades do banco de fomento brasileiro nos últimos anos.

A Argentina já tem neste momento cerca do dobro de gasodutos (veja o mapa ao final do texto) em relação à malha instalada no Brasil. O país tem amplas reservas de gás natural no pré-sal. O insumo não é explorado aqui justamente por causa da falta de dutos para transportar o gás.

O Brasil reinjeta cerca de metade do gás do pré-sal. Por ser extraído de forma direta dos poços em alto mar, esse tipo de processo é muito menos danoso ao meio ambiente do que o usado para extrair gás de xisto.



O gasoduto de Vaca Muerta é um dos mais relevantes projetos de infraestrutura da Argentina. O país pretende com isso exportar o insumo para países vizinhos, sobretudo o Brasil, e aumentar a entrada de moeda forte no país.

O presidente Alberto Fernández firmou um pacto energético com o Brasil (377 KB) em novembro para cooperação nessa área. É dentro desse contexto que agora, com a chegada de Lula ao Planalto, que o país vizinho passou a fazer lobby para receber o financiamento do BNDES. Deu certo com o anúncio de Lula nesta 2ª feira (23.jan.2023), em Buenos Aires.

O 1º trecho do gasoduto Néstor Kirchner deve ligar as províncias de Neuquén e Buenos Aires. A obra deve ser concluída até junho de 2023. Com esse duto em operação, a Argentina economizará US$ 2,2 bilhões por ano em importações de energia e subsídios, disse a secretária Flavia Royón.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou nesta 2ª feira (23.jan.2023) a priorização do investimento brasileiro no gasoduto argentino ao argumentar que o Brasil será, ao fim, beneficiário da exploração do gás do país vizinho.

O Poder360 perguntou ao ministro da Fazenda se faria sentido financiar um gasoduto na Argentina e não no Brasil, que tem gás natural farto no pré-sal e que é reinjetado nos poços, pois não há dutos de transporte suficientes em território brasileiro. Haddad não respondeu de maneira direta nem explicou por que um projeto de gasodutos estatais na Argentina seria melhor do que algo semelhante no Brasil.

Eis a sua resposta:

“Quando vai explorar o gás, seja no Brasil ou no exterior, se o destino final é o Brasil, como nos casos citados tanto no pré-sal quanto em Vaca Muerta, se o destino é o Brasil, nós vamos comprar o gás. E esse gás é a garantia do próprio investimento. Então, quando um financiamento vem, pode ser até externo, pode ser eventualmente do BNDES, porque é tudo dolarizado. Esses projetos se sustentam. É diferente de uma PPP, que tem que entrar com dinheiro público. Nessa caso o financiamento pode ser brasileiro e pode ser de uma agência internacional, cujo bem é uma commodity de preço dolarizado. Muda muito o quadro.”

Haddad, no entanto, não explicou o motivo pelo qual o Brasil não poderia ampliar a malha de gasodutos internamente.

“É uma obra que vai abastecer o Brasil. E isso é completamente diferente de financiar obra em outro país. Financiar uma estrada em um país da África, financiar um porto em um país da América Central e financiar uma obra que vai fornecer gás para o Brasil no lugar da Bolívia, é completamente diferente. E haverá o sistema de garantias”, disse.

GASODUTOS NO BRASIL

No Brasil, a malha de gasodutos de transporte parou de crescer há quase 10 anos. Desde 2013, houve aumento de só 1%. Os dados são da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado). O Poder360 explicou nesta reportagem qual a situação atual do país.

Poder360

Onze brasileiros participam do mundial de surfe que começa domingo (29), no Havaí

Foto: Tony Heff/World Surf League

A temporada 2023 do circuito mundial de surfe começa no próximo domingo (29). O evento acontece no Havaí e vai contar com a participação de dez atletas brasileiros entre os 36 participantes na disputa masculina. Gabriel Medina volta a competir este ano, junto com Filipe Toledo, Caio Ibelli, Yago Dora, os potiguares Ítalo Ferreira e Jadson André, os irmãos Miguel e Samuel Pupo, além de João Chianca e Michael Rodrigues, ambos classificados no Challenger Séries. Já no feminino, o Brasil conta apenas com a gaúcha Tatiana Weston-Webb entre as 18 competidoras.

O calendário das 11 etapas da temporada foi definido na última segunda-feira (23) pela Liga Mundial de Surfe (WSL). A competição vai começar com a janela na praia de Pipeline, na Ilha de Oahu.

A etapa brasileira acontecerá em Saquarema, no Rio de Janeiro, de 23 de junho a 1º de julho, após o corte de notas no meio da temporada.

Assim como em 2022, os surfistas (homens e mulheres) com melhores médias avançarão após cinco etapas do circuito. Entre os homens, dos 36 que iniciarem a disputa, apenas 24 seguirão na competição. Já no feminino, das 18 participantes, apenas 12 continuarão na busca pelo título mundial. Quem ficar pelo caminho, disputará a divisão de acesso à elite da modalidade, a Challenger Séries.

A temporada 2023 está prevista para terminar no período de 7 a 15 de setembro, com as Finais da WSL na praia de Trestles, na Califórnia. A competição final, em formato de mata-mata, reunirá os cinco melhores do ano em cada gênero (feminino e masculino).

Novo Notícias com informações da Agência Brasil.