Raniere defende protagonismo da CMN na eleição para prefeito; preferência é por Paulinho Freire

Foto: reprodução/AgoraRN

O vereador Raniere Barbosa (Avante) avalia como positiva a gestão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) em Natal. Dentro do contexto de dificuldades impostas pelos limites financeiros da administração, o parlamentar considera que Álvaro vem conseguindo dar andamento a importantes obras que colocarão a cidade em um novo patamar e farão com que o gestor consiga deixar um bom legado, chegando ao final de seu mandato, em 2024, com plenas condições de fazer um sucessor para dirigir a cidade por mais quatro anos.

Antevendo as eleições de 2024, o vereador avisa que a Câmara “não será coadjuvante” no processo eleitoral, mas sim “protagonista” na disputa pela Prefeitura do Natal. Ao citar nomes que podem vir a ser apoiados por Álvaro, Barbosa diz que a preferência da maioria dos vereadores é pelo nome do deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), ex-presidente da Câmara.

“Nós queremos estar aliados ao prefeito de Natal. Se a Câmara se unir ao poder Executivo e a outros atores políticos que poderão vir a somar nesse projeto, sairemos muito fortes para poder enfrentar a esquerda, que já lançou candidato”, declarou o parlamentar em entrevista ao AGORA RN nesta quarta-feira 1º.

Para Raniere, Paulinho Freire reúne todas as características de um bom gestor. Além de ter sido vereador e presidente da Câmara até o final de janeiro, quando renunciou ao cargo para assumir o mandato de deputado federal, ele ainda tem passagens pelo Executivo, já presidiu a Federação das Câmaras (Fecam-RN), além de ter uma vasta experiência como administrador na iniciativa privada.

“A Câmara tem uma preferência por Paulinho, porque ele foi vereador em seis mandatos, presidente seis vezes, já foi vice-prefeito de Natal, já foi deputado estadual e atualmente está no cargo de deputado federal, então ele está muito habilitado para ser o candidato a prefeito de Natal. Agora ele está focado no mandato dele, ele precisa dizer a Natal se coloca o nome dele a disposição para ser candidato, porque até o momento ele não se pronunciou em relação ao processo sucessório”.

SUCESSÃO

Raniere analisa que o trabalho do prefeito Álvaro Dias fez com que ele conseguisse, além de se tornar uma liderança, conquistar capacidade de transferência de votos. O discurso do vereador vai ao encontro do que mostrou a pesquisa do instituto Exatus encomendada pelo AGORA RN e divulgada no final de janeiro último. Os dados apontaram que um nome apoiado pelo prefeito para a sucessão municipal seria o preferido dos natalenses.

Em um cenário com 10 possíveis candidatos, 22,82% responderam que votariam em um candidato apoiado por Álvaro Dias. Em segundo lugar, apareceu o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), com 17,18%, seguido de Natália Bonavides (PT), com 6,12%.

“Ele [Álvaro] demonstrou hoje conquistar uma liderança em Natal. É um fato real e um fato novo, porque desde Wilma de Faria ninguém em Natal conseguiu mais isso, porque há outros políticos que têm potencial de votos para si, mas não de transferência”, pontua Barbosa.
Ele acrescenta que o prefeito vem trabalhando para deixar um legado de obras na cidade, a exemplo da engorda da orla de Ponta Negra e do Terminal Turístico da Redinha, ações que estão em andamento e que, na avaliação de Raniere, irão potencializar o turismo como principal atividade econômica da cidade.

“Sabemos que Natal tem perfil e vocação para o turismo e, como principal atividade econômica, se o prefeito conseguir fazer com que essas duas obras sejam concluídas, Natal passa a ter realmente um staff e o turismo, indiscutivelmente, vai ter um crescimento”, declara.

COTADOS

Diante desse cenário político, o vereador do Avante considera que Álvaro Dias tem plenas condições de fazer um sucessor para a Prefeitura do Natal. Como nomes a serem considerados para o cargo, ele cita, além do deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), o secretário de Serviços Urbanos (Semsur) Irapoã Nóbrega e o vereador Kleber Fernandes (PSDB).

O vereador também defende que a classe política avalie nomes do setor produtivo, como o do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio-RN), Marcelo Queiroz.

“São nomes que eu acho que, se tiver o apoio da Câmara Municipal de Natal (CMN) e o apoio do prefeito, qualquer um desses nomes se torna extremamente competitivo e Natal precisa de pessoas que tenham experiência de gestão”.

OPOSIÇÃO LIMITADA

Apesar de ter saído na frente ao lançar o nome da deputada federal Natália Bonavides (PT) como pré-candidata a prefeita, o PT tem “limites” em Natal, segundo Barbosa. Ele destaca que o PT nunca venceu uma eleição em Natal e chegará para a campanha sem obras para mostrar na cidade.

“O PT não tem absolutamente nada em Natal, o Governo do Estado não fez uma obra em Natal. Eles vão ter que dizer e a candidata que está lançada não tem nenhuma experiência em gestão, isso é algo que nós vamos cobrar de forma construtiva e respeitosa. Que experiência ela tem de gestão para poder gerir uma capital? A experiência dela é no Legislativo”, questiona.

CMN

Raniere acredita que o atual presidente da CMN, vereador Eriko Jácome (MDB), fará uma boa gestão à frente do Legislativo natalense em razão de seu “perfil agregador”. O emedebista foi alçado à presidência após Paulinho Freire renunciar ao mandato de vereador para assumir a nova função no Congresso Nacional.
Raniere afirma que, devido a boas gestões passadas, a Câmara desfruta hoje de um equilíbrio em suas contas, além de uma transparência, o que terá continuidade na gestão do presidente Eriko Jácome.

“Eriko é essa pessoa que tem um relacionamento com todas as bancadas e um relacionamento muito proveitoso, de diálogo e de respeito”, destaca.

Agora RN

Flávio pede afastamento de juiz da Lava Jato que doou para Lula

Foto: reprodução/internet/Poder 360

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou com uma representação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na 4ª feira (1º.mar.2023), pedindo o afastamento do novo juiz da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Criminal de Curitiba e, consequentemente, da operação.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) citou uma doação de R$ 13 feita por Appio à campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. A então candidata ao cargo de deputada estadual pelo Paraná Ana Júlia Ribeiro (PT) também teria recebido uma doação do juiz, no valor de R$ 40.

Flávio ainda mencionou que o Appio se identificava como “LUL22” no sistema eletrônico de processos da Justiça, o e-proc.

A plataforma pede que os magistrados escolham uma sigla como assinatura, geralmente composta por 3 letras e 2 números. Desde 2021, Appio usava o nome de usuário que remete à campanha eleitoral de Lula. Trocou em 7 de fevereiro, antes de assumir a vara responsável pela operação Lava Jato, quando passou a usar o nome “EDF23”.

Questionado pelo Poder360, em 24 de fevereiro, Appio negou que tenha feito a doação de R$ 13. Como consta no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o dinheiro foi transferido em 25 de setembro do ano passado, via Pix, à campanha de financiamento coletivo para a eleição do petista.

Para Flávio, a conduta de Appio é “imoral e ilegal”, pois “afronta o dispositivo constitucional que determina aos magistrados a abstenção de envolvimento em atividades político-partidárias”.

O senador citou o Código de Ética da Magistratura Nacional e um discurso do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para justificar sua acusação.

“Não use a toga para fazer política porque isso destrói o Poder Judiciário”, disse Dino em 2016, quando era governador do Maranhão. A fala se referia ao apoio de juízes a manifestações contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Em seu perfil no Twitter, Flávio divulgou a abertura da representação junto ao CNJ e acusou o juiz de parcialidade. “A venda nos olhos da deusa da Justiça, que está exposta na Praça dos Três Poderes e que representa a nossa justiça, significa imparcialidade, tudo o que esse juiz não era”, escreveu.

Foto: reprodução/Twitter


Eduardo Fernando Appio assumiu a titularidade da Lava Jato no começo de fevereiro, na vaga deixada por Luiz Antônio Bonat, que em junho de 2022 foi eleito desembargador do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Poder 360

Economia brasileira avança 2,9% em 2022 com ajuda de serviços e indústria

Foto: reprodução/Internet/CNN Brasil

A economia brasileira registrou crescimento de 2,9% em 2022, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (2). O valor mostra uma desaceleração em relação ao ano passado, quando o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 5%.

No quarto trimestre, o indicador teve recuo de 0,2% em comparação com o período imediatamente anterior.

A expectativa do mercado era de queda de 0,2% na comparação trimestral e alta de 2,2% no ano, segundo pesquisa da Reuters.

Em valores correntes, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, totalizou R$ 9,9 trilhões. Só de outubro a dezembro, o valor somou R$ 2,6 trilhões.

O PIB per capita atingiu R$ 46.155 no ano passado, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação ao ano anterior.

O crescimento do PIB em 2022 foi puxado pelos setores de serviços (4,2%) e indústria (1,6%), destaca o IBGE. Juntos, os dois representam cerca de 90% do indicador. Agropecuária, por outro lado, recuou 1,7% em 2022.



“Desses 2,9% de crescimento em 2022, os Serviços foram responsáveis por 2,4 pontos percentuais. Além de ser o setor de maior peso, foi o que mais cresceu, o que demonstra como foi alta a sua contribuição na economia no ano”, analisa Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

A Formação Bruta de Capital Fixo, que indica investimentos duráveis feitos na economia, registrou alta de 0,9% em 2022, segundo ano consecutivo de crescimento.

Já a Despesa de Consumo das Famílias avançou 4,3% em relação ao ano anterior. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,5%.

As Exportações de Bens e Serviços cresceram 5,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 0,8%.

“É importante dividir a demanda interna do setor externo, pois dos 2,9% do crescimento, 2 p.p. foram da demanda interna, principalmente do consumo das famílias, e 0,9 p.p. da demanda externa, que também subiu, já que as nossas exportações cresceram mais do que as importações”, explica Rebeca Palis em nota.

Resultado do trimestre

O quarto trimestre de 2022 registrou a primeira retração do ano, após o PIB ter crescido 0,3% no período julho-setembro, em dado revisado de uma expansão de 0,4% informada antes.

Em relação ao quarto trimestre de 2021, o PIB apresentou alta de 1,9%, abaixo de expectativa de avanço de 2,2% nessa base de comparação.

CNN Brasil