Deputado diz que “democracia não prospera na África” por falta de “capacidade cognitiva”

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

Uma gravação que viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (28/6) mostra uma fala do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) que causou revolta nos internautas. A declaração ocorreu durante participação do parlamentar goiano no podcast Três irmãos. Gayer (PL-GO) comentava sobre democracias pelo mundo quando afirmou que ela nunca deu certo na África porque os africanos não tem “capacidade cognitiva”.

Gustavo e os apresentadores do podcast conversavam sobre democracia e sobre inteligência. Falando sobre um “emburrecimento” da população.

Eles debatiam sobre o Quociente de Inteligência (QI) das populações quando o apresentador disparou: “Sabia que tem macaco com QI de 90? 72 o QI na África. Não dá para a gente esperar alguma coisa da nossa população”.

Na sequência, Gustavo comentou sobre o histórico africano com democracias: “Democracia não prospera na África. Para você ter uma democracia você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender entre o bom e o ruim, o certo e o errado”, disparou.

Na sequência o deputado afirmou também que Brasil “está desse jeito”. “O Lula chegou na presidência e o povo burro ‘eeeee picanha e cerveja!'”.

Anteriormente na entrevista, o deputado tinha comentado também que como deputado tinha muita cautela sobre o que falar. “Não tenho medo de ser cassado, mas tenho medo de ser preso. A gente tem que medir o que a gente fala o tempo inteiro”.

Deputado se pronunciou nas redes sociais

Após a repercussão do caso, o deputado se pronunciou nas redes sociais. Na legenda da postagem, o deputado afirmou que os que o criticaram “entram pra fila dos que querem me prender e cassar o meu mandato”

No vídeo, ele reage a entrevista ao podcast e comenta sobre as falas consideradas polêmicas e alvo de denúncia da deputada Duda Salabert (PDT-MG).

Correio Braziliense

Gestão de Tarcísio presta homenagem a coronel que perseguiu estudantes durante a ditadura

Foto: Governo de SP / Reprodução

O governo de São Paulo promulgou, nesta quarta-feira 28, uma lei que homenageia o coronel Erasmo Dias, militar conhecido por liderar a invasão da PUC durante a ditadura. Por decisão da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o militar terá agora um trecho de rodovia estadual com nome.

A lei estabelece que um entroncamento na cidade natal do coronel, Paraguaçu Paulista, passe a ser denominado “Deputado Erasmo Dias”. O documento foi assinado pelo vice-governador Felício Ramuth (PSD), que comanda o estado durante viagem de Tarcísio a Portugal para atender ao Fórum Jurídico de Lisboa.

Também assinaram o decreto a secretária do Meio Ambiente, Natália Resende, o secretário de Relações Institucionais, Gilberto Kassab e o secretário-Executivo, Edilson José da Costa.

Perseguição a estudantes

O coronel Dias, homenageado pela gestão de Tarcísio, foi Secretário de Segurança Pública de SP entre os anos de 1974 e 1979. Na ocasião, ele ficou conhecido por comandar a invasão na PUC. A ação resultou na detenção de mais de 850 pessoas ligadas ao movimento estudantil, das quais 92 foram fichadas no Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – destas, 41 foram processadas pela lei vigente de Segurança Nacional, sob a acusação de subversão ao regime.

Ele também foi deputado federal entre 1979 e 1983, e deputado estadual entre 1987 e 1999. O ex-militar faleceu em 2010, aos 85 anos.

Carta Capital

Com nova fórmula etária, sul-coreanos ficam um ano ou dois mais novos

© EPA/Jeon Heon-Kyun/Agência Lusa

Os sul-coreanos acordaram, nesta quarta-feira (28), um ano ou dois mais novos com a entrada em vigor de nova lei que elimina o método tradicional coreano de contagem de idade e adota o padrão internacional.

De acordo com o sistema tradicional coreano de contagem da idade, considera-se que as pessoas têm um ano de idade no dia em que nascem e é acrescentado um ano a cada 1º de janeiro. Ou seja, segundo esse método, um bebê nascido em 31 de dezembro completa dois anos de idade no dia seguinte, 1º de janeiro. Agora, as idades na Coreia do Sul vão passar a ser calculadas da mesma forma que no resto do mundo.

A revisão da lei foi aprovada em dezembro último, com o objetivo de “resolver a confusão social causada pelo uso de vários cálculos de idade e as respectivas consequências”, informou a Assembleia Nacional da Coreia do Sul. Embora o padrão internacional seja aplicado a documentos médicos e jurídicos desde a década de 60, outros formulários oficiais usavam o método tradicional.

O sistema foi alvo de críticas nos últimos anos. Políticos argumentam que ele causa confusão e faz a Coreia do Sul parecer descompassada com o resto do mundo.

“Esperamos que as disputas legais, reclamações e confusão social causadas pela forma como a idade é calculada sejam bastante reduzidas”, disse Lee Wan-kyu, ministro da Legislação do governo de Seul a jornalistas.

No entanto, um terceiro sistema de cálculo da idade continuará em vigor por enquanto para certas situações, como para calcular a idade legal para consumo de álcool, para fumar, para a entrada na escola ou para a qualificação ao serviço militar obrigatório.

Nesses casos continuará a ser usado o sistema em que a idade de uma pessoa é calculada a partir do zero da data de nacimento e é acrescentado um ano no Ano Novo.

“O governo decidiu manter essas exceções mesmo depois de as revisões entrarem em vigor, porque é mais fácil geri-las anualmente”, explicou Lee.

Os sul-coreanos mostram-se satisfeitos com a alteração da lei. Uma pesquisa realizada no ano passado mostrou que 70% dos entrevistados concordavam com a mudança e 86% disseram que iriam adotar o sistema internacional no dia a dia, quando a lei entrasse em vigor.

“É uma sensação boa”, disse Lee. “Para pessoas como eu, que deveria fazer 60 anos no próximo ano, isso me faz parecer mais jovem”, afirmou.

“Eu estava prestes a fazer 30 anos no próximo ano (sob o sistema tradicional de idade coreano), mas agora ganhei mais algum tempo e adoro isso”, disse Choi Hyun-ji, um funcionário de 27 anos, à agência Reuters.

“É ótimo sentir que estamos ficando mais jovens”, acrescentou Choia.

Agência Brasil