O emoji de “carinha derretendo” foi eleito como mais representativo de 2023. O título foi dado nesta segunda-feira, 17, quando é comemorado o Dia Mundial do Emoji, durante a premiação World Emoji Awards. O emoji conquistou o prêmio pelo segundo ano consecutivo ao derrotar o ícone de “coração rosa” na final. Em 2022, a decisão foi contra o emoji “segurando lágrimas”.
De acordo com a premiação, o vencedor é usado para “falar sobre calor extremo e metaforicamente para momentos embaraçosos, como vergonha, pavor ou sensação de opressão”. Por sua vez, o “coração rosa” foi eleito melhor novo emoji de 2023. Além dos finalistas, outros 14 emojis estiveram na disputa, incluindo a bandeira da Ucrânia, a caveira, o fogo e uma estátua da Ilha de Páscoa.
A história da morte da jovem de 18 anos Isadora Belon Albanese após complicações de uma cirurgia de extração de dente do siso tem repercutido nas redes sociais. O caso, que ocorreu em Porto Feliz, no interior de São Paulo, em abril, e foi tema de reportagem do Fantástico, da Rede Globo, neste domingo, 16.
De acordo com os pais de Isadora, escutados pelo Fantástico, a garota passou por um procedimento de extração de dois dentes do siso no lado direito da boca em março e teve inchaço e dores normais para esse tipo de procedimento.
Já em 19 de abril, quando passou pela segunda cirurgia, em uma clínica odontológica de Porto Feliz, para a extração dos dois dentes do siso do lado esquerdo da boca, a situação foi diferente. Dois dias depois do procedimento, em 21 de abril, ela se queixou aos pais de que não estava conseguindo dormir tamanha a dor que sentia na região.
“Ela já foi no nosso quarto gritando de dor e falando: ‘não aguento mais, não aguento mais’. A dentista me acalmou e falou: ‘isso é previsto, calma, vamos trocar o antibiótico (…) ela teve falta de ar””, disse a mãe à reportagem.
No mesmo dia, Isadora teve episódios de vômitos e a família decidiu então levá-la a um hospital. Ela precisava ser atendida por um especialista bucomaxilofacial, responsável por esse tipo de quadro. Segundo a família, só no dia seguinte, por volta das 11h, Isadora foi atendida pelo especialista.
O quadro de infecção já era grave e a jovem precisou passar por cirurgia de drenagem no local da extração. Durante o procedimento, teve uma parada cardíaca que durou quase quatro minutos. Em seguida, foi levada para a UTI, mas teve outra parada cardíaca e morreu às 6h15 do dia 23 de abril.
Caso de Isadora é raro, afirmam autoridades
Revoltados com a morte rápida e inesperada da filha, os pais de Isadora levaram o caso às redes sociais e reuniram mais de 60 mil assinaturas em um pedido para criação de uma normativa para a extração do siso, com o objetivo de prevenir que quadros como este voltem a se repetir. Eles acreditam que não foram informados corretamente sobre os riscos e cuidados necessários.
De acordo com a reportagem da TV Globo, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, órgão que fiscaliza a conduta de dentistas, recebeu o pedido, mas disse que não é possível impor norma única para a extração do dente do siso, pois isso fere o pilar da autonomia profissional.
De acordo com Sidney Neves, especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial escutado pelo Fantástico, a extração do dente do siso em si não é uma causa comum de morte. Ele enfatiza que o caso de Isadora, cuja morte se deu a partir de uma infecção – algo que pode acontecer a partir de qualquer procedimento cirúrgico –, é bastante raro.
Em nota ao Fantástico, o Hospital Modelo de Sorocaba, onde Isadora foi atendida, disse que ela foi submetida a uma bateria de exames que constatou um quadro já grave de infecção e que, mesmo com medicamentos, o estado se agravou para infecção generalizada.
A unidade de saúde disse ainda à TV Globo que o médico que realizou a cirurgia é especializado em operações bucomaxilares e que o procedimento seguiu todas as normas, mas os esforços empregados foram insuficientes. Procurado pelo Estadão, o hospital ainda não se manifestou.
A dentista que atendeu Isadora, cujo nome não foi divulgado, disse ao programa que todas as medidas pré e pós-operatórias foram tomadas e que deu as devidas orientações à família. Ela afirmou à TV Globo que lamenta o ocorrido.
O diretor da Escola da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, João Maria de Lima, foi denunciado por assédio por uma jornalista e servidora da ALRN.
A denúncia está sendo apurada pelo Ministério Público do Estado. Diante da situação, a Assembleia publicou uma nota em seu site comunicando a exoneração do servidor. Confira a nota na íntegra:
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte comunica que diante da denúncia de assédio resolveu exonerar o diretor da Escola da Assembleia.
O Poder Legislativo afirma que repudia assédios de quaisquer natureza, ao mesmo tempo em que acompanha com atenção o encaminhamento dos fatos que estão sendo apurados.
Um homem e sua filha foram presos em flagrante por homicídio doloso na madrugada desse domingo (16), em um hospital municipal no Rio de Janeiro. Exigindo atendimento imediato, a dupla agrediu uma médica e provocou um caos que causou a morte de uma paciente que estava em estado grave na sala vermelha da unidade. As informações são do G1.
De acordo com a Polícia, André Luiz do Nascimento Soares deu entrada no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles com um ferimento sem gravidade no dedo. Ele estava com a filha, Samara Kiffini do Nascimento Soares, 23.
Incomodados com a demora no atendimento, visto que a unidade estava dando conta de pacientes mais graves, os dois começaram a depredar o hospital e agrediram a médica de plantão, que teve um corte na parte interna da boca.
Além disso, eles invadiram a sala vermelha da unidade de saúde, onde ficam os pacientes em estado mais crítico, e provocaram um caos que causou um infarto agudo do miocárdio de um paciente que tentou sair da sala com a coluna de soro para se esconder no banheiro.
Testemunhas relataram que André Luiz chegou a ficar com as mãos para trás, como se estivesse portando uma arma.
Por causa da confusão generalizada e das agressões sofridas pela médica de plantão, uma paciente em estado grave, que estava sendo monitorada pela equipe do hospital, acabou morrendo por falta de atendimento.
PRESOS POR HOMICÍDIO DOLOSO
Pai e filha foram presos por homicídio doloso com dolo eventual da paciente que morreu e podem responder ainda por dano ao patrimônio público e desacato. Devido às agressões à médica, André também vai responder por lesão corporal.
“A médica que estava na sala de atendimento foi saber o que estava acontecendo. Foi ofendida, foi agredida, recebeu soco no rosto. Por causa desse soco, ela teve um corte na parte interna da sua boca, onde precisou tomar quatro ou cinco pontos”, relatou o delegado Geovan Salomão Omena, responsável pelo caso. Segundo o policial, os golpes contra a profissional da saúde foram desferidos tanto por André Luiz como por sua filha, Samara.
“Ao retornarem à sala vermelha, [os profissionais da unidade de saúde] encontraram uma paciente que estava mais grave. Ela estava sendo monitorada o tempo todo pela equipe médica e foi encontrada já em óbito por conta dessa ausência de atendimento e acompanhamento médico”, continuou o delegado.
“É inadmissível uma conduta dessa onde, por uma situação banal, onde não houve ausência de atendimento, ele causou um dano patrimonial naquilo que é o pronto-socorro das pessoas. Tiraram a vida de uma pessoa por conta desse ato irresponsável”.
DEFESA ALEGA QUE NÃO SE SABE ORIGEM DA BRIGA
De acordo com o G1, com informações do advogado do pai e da filha presos, Cláudio Rodrigues, não se sabe a origem da confusão generalizada no hospital.
O jurista ainda argumentou que Samara está machucada, com hematomas pelo corpo, e que a unidade de saúde ofereceria um atendimento precário, com apenas uma médica e poucas enfermeiras.
“Inicialmente a defesa entende, com a máxima vênia, que acusar os réus de homicídio de um paciente que já estava internado naquela unidade, possivelmente com um quadro clínico ruim, é forçoso demais. Réus esses que também estavam naquela unidade desesperados por um atendimento que não alcança”, afirmou o advogado.