“Impressiona a quantidade de gente incomodada”, diz Dino sobre avanço do caso Marielle

Foto: Wikimedia Commons

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse, nesta terça-feira (25), que ficou impressionado com “a quantidade de gente incomodada” com o avanço das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O caso Marielle ganhou um novo capítulo, nesta segunda-feira (24), após a delação premiada de Élcio Queiroz, que levou a uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

“Me impressiona a quantidade de gente incomodada com o avanço das investigações do caso Marielle. Me impressiona, mas não me intimida nem desmotiva”, escreveu o ministro no Twitter.

Foto: reprodução Twitter @FlavioDino

“Vi de tudo nas últimas 24 horas: disparates jurídicos proferidos por incompetentes; comentários grosseiros na TV; campanhas de desinformação via internet; reclamação pela presença da Polícia Federal nas investigações. Sabem o que mudou no nosso caminho de luta? NADA.”, completou.

Novas delações devem ser fechadas em breve, dizem à CNN agentes da Polícia Federal (PF) que participam da investigação do assassinato.

Conforme relatos feitos à CNN, nas últimas semanas, a Polícia Federal recebeu sinalizações sobre a disposição de suspeitos de envolvimento no assassinato prestarem depoimento.

A avaliação dos policiais é de que a delação premiada de Élcio tem potencial de gerar um efeito cascata sobre outros nomes na mira da investigação da PF.

Isso aconteceria porque outros investigados podem aderir a acordos de delação premiada até para se blindarem de eventuais acusações.

Novo patamar

O ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que agora a investigação mudou de patamar, e terá como novo foco os mandantes do crime.

“A investigação agora se conclui em relação ao patamar da execução e há elementos para um novo patamar, qual seja investigação dos mandantes do crime. Naturalmente, há aspectos que ainda estão em segredo de Justiça”, expôs o ministro.

Dino reiterou que as investigações continuam em aberto, e que a operação da PF e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de segunda-feira marcam o fim de uma etapa do processo investigativo.

“Nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhidas hoje”, acrescentou.

Dino ainda disse que “é indiscutível” o envolvimento das milícias do Rio de Janeiro no caso, “até onde vai isso, as novas etapas vão revelar”.

“Sem dúvida, há a participação de outras pessoas, isso é indiscutível. As investigações mostram a participação das milícias e do crime organizado do Rio de Janeiro no crime”, informou o ministro da Justiça, dizendo que “não há crime perfeito”.

“Os fatos até agora revelados e as novas provas colhidas indicam isto, que há forte vinculação desses homicídios, especialmente o da vereadora Marielle, com atuação das milícias e do crime organizado no Rio de Janeiro. Isto é indiscutível. Até onde vai isso? As novas etapas vão revelar”, completou.

CNN Brasil

Cenas fortes: esposa corta testículo de marido após ver mensagens da ex

Foto: rawpixel.com

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu uma mulher de 28 anos suspeita de cortar o testículo e ferir a cabeça do companheiro, um homem de 40 anos, na madrugada desse domingo (23/7). O crime ocorreu na zona rural de Santo Antônio do Descoberto (GO), no Entorno do Distrito Federal.

O casal estava junto, bebendo em uma fazenda. Contudo, na noite de sábado (22/7), tiveram uma discussão depois de a mulher ver mensagens enviadas pela ex-esposa do marido no celular dele.

Após a briga, ela segurou a bolsa escrotal do marido e a cortou com uma faca, deixando expostos os testículos da vítima.

Além disso, a agressora jogou um copo na cabeça do marido, provocando um corte, e deixou a fazenda. A polícia a encontrou escondida na casa de uma amiga e a prendeu em flagrante.

Pelo fato de o crime ter ocorrido em uma zona rural, a vítima só procurou atendimento na manhã de domingo (23/7). O homem foi levado para o Hospital Municipal de Santo Antônio do Descoberto (HMSad), mas, devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), no Distrito Federal.

Os médicos informaram à vítima que os cortes no testículo podem comprometer permanentemente a fertilidade. O caso será apurado pela Delegacia de Polícia de Santo Antônio do Descoberto. Inicialmente, a agressora será investigada por crime de lesão corporal grave.

Metrópoles

Lula diz que pediu a Dino para fechar ‘quase todos’ os clubes de tiro

Foto: Pexels

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira que pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para fechar “quase todos” os clubes de tiro no país. Lula defendeu que apenas as forças de segurança precisam ter um espaço para “treinar tiro”.

— Eu, sinceramente, não acho que um empresário que tem um lugar para praticar tiro é um empresário. Eu, já disse para o Flávio Dino: nós temos que fechar quase todos, só deixar aberto aqueles que são da PM, do Exército ou da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro. Não é a sociedade brasileira. Nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparar um golpe, “sifu” — afirmou durante sua live semanal.

O presidente defendeu ainda o novo decreto regulamentando a circulação de armas no país, publicado na semana passada pelo governo federal. Lula afirmou que a legislação anterior, feita pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi elaborada para “agradar o crime organizado”.

— Tinha uma confusão, se pode liberar arma, CACs. Eu acho que temos que ter claro o seguinte: por que cidadão quer pistola 9 mm? O que vai fazer com essa arma? Vai fazer coleção? Vai brincar de dar tiro? Porque no fundo no fundo esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro. Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida — afirmou.

Na semana passada, o governo publicou um novo decreto que regulamenta o mercado de armas no Brasil para a população civil. Entre as principais mudanças, estão a limitação na quantidade de armas e munições que podem ser compradas por cada cidadão, a restrição de calibres específicos que antes eram permitidos, a proibição do funcionamento de clubes de tiro por 24 horas e a obrigação de transitar com a arma desmuniciada.

Além disso, o governo determinou a “migração progressiva” da prerrogativa de fiscalizar os caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs, para a Polícia Federal – antes, essa competência era de responsabilidade exclusiva do Comando do Exército. Elaborado pelo ministério da Justiça e prometido durante a campanha eleitoral, o decreto visa reverter a política do governo Bolsonaro de flexibilização do acesso às armas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro tinha entre suas principais pautas na gestão o aumento do número de armas em posse da população. Com isso, decretos editados na gestão anterior facilitaram o acesso ao armamento, inclusive os de uso restrito. A gestão também ficou marcada pelo crescimento de registros concedidos para clube de tiros. À época, o Exército tinha a responsabilidade de analisar a aprovar a abertura dos clubes.

O Globo

Cliente tenta encher galão de 20 litros com refil de refrigerante em lanchonete de SP e viraliza; regulamento proíbe a prática

Foto: PxHere

Um cliente tentou encher um galão d’água de 20 litros com refil de refrigerante servido por uma rede de fast food em Itapevi, na Grande São Paulo. O registro feito na terça-feira (18) no Shopping Itapevi Center viralizou. Placa com regras do “free refill” mostra que a prática não é permitida.

A situação chamou a atenção de quem estava na praça de alimentação. A mulher, que flagrou a cena, diz que os funcionários ficaram constrangidos e tiveram que desligar a máquina: “Achei uma falta de respeito”, conta a cliente, que não quis se identificar.

Um vídeo mostra parte da conversa entre o funcionário e o cliente, que diz: “Paguei a parada. É seu?” “Se eu paguei à vontade e tomar tudo isso aqui?”

O Burger King foi procurado pelo g1, mas a “empresa preferiu não se posicionar a respeito deste tema”. O rapaz que aparece nos registros não foi encontrado, e o Itapevi Center afirmou que não irá se manifestar.

Ao lado da máquina havia uma placa branca e laranja com as regras do fornecimento do produto: “Beba do seu jeito. Free Refill por 30 minutos”. A norma estabelece os seguintes pontos sobre o refrigerante “à vontade”:

– Direito ao refil com apresentação do cupom fiscal e com o copo da rede;
– Direito ao reabastecimento durante 30 minutos a partir da compra;
– Não é válido após o fechamento do estabelecimento;
– Copo de uso individual, intransferível. O texto ainda detalha que “é vedada a transferência das bebidas do copo para quaisquer outros recipientes estranhos ao presente regulamento”.
– “Evite desperdício.” Os restaurantes reservam “para si o direito de impedir quaisquer formas de desperdício ou aproveitamento indevido do produto como atos de revenda, transferência ou compartilhamento de terceiros, seja usando o copo, seja usando quaisquer outros recipientes”.

De acordo com a advogada Cecilia Mello, especialista em Lei do Consumidor, a oferta de refil é divulgada para consumo próprio, semelhante aos rodízios em restaurantes.

Dependendo do caso, ele pode até ser enquadrado em furto famélico, quando o delito é motivado pela necessidade de sobrevivência, na maioria das vezes por causa da fome.

Justiça

Outro caso envolvendo refil foi parar na 5ª Vara Cível de Santo André, na Grande São Paulo, em 2020. Segundo a sentença da juíza Adriana Bertoni Holmo Figueira, um adolescente e a família entraram com uma ação pedindo indenização por danos morais contra o Burguer King.

Segundo a decisão da juíza, em maio de 2019 ele comprou um lanche em unidade no shopping e jogou a embalagem com a nota fiscal no lixo depois do consumo, mas ficou com o copo de refil de refrigerante para enchê-lo enquanto ia embora.

O documento afirma que o menino foi impedido por uma funcionária que exigiu a nota fiscal. A Justiça ouviu a gerente da unidade na época.

A mulher explicou que “era procedimento padrão a solicitação das notas fiscais para abastecimento do refil. O funcionário que faz a entrega dos lanches entrega o copo vazio também e controla o reabastecimento”, mas que não sabia se todos os colaboradores pediam as notas.

Não houve relato de agressão, humilhação ou discriminação, pontuou a magistrada na sentença. Ela julgou a causa improcedente e condenou o autor a pagar as custas processuais em 23 de fevereiro de 2022.

A família do cliente recorreu da decisão, mas em 22 de setembro a 29º Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça negaram o recurso.

G1.Globo