Um homem está sendo procurado pela polícia após ter sido flagrado furtando peças de um carro que havia acabado de se envolver em um acidente. Uma das vítimas da colisão, a empresária Andriele de Lima Fernandes, de 24 anos, estava grávida e morreu. O caso aconteceu nessa quarta-feira (9/9), na BR-060, entre Goiânia e Guapó, na região metropolitana.
Imagens feitas por populares mostram o homem colocando as peças do veículo no carro dele. O suspeito não teve o nome divulgado até o momento.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o homem cometeu o crime enquanto as equipes ainda prestavam socorro à vítima no local do acidente. A polícia foi avisada por testemunhas que presenciaram o momento do furto.
Vítima fatal
O acidente aconteceu em razão de um capotamento. A vítima foi a jovem Andriele Fernandes estava grávida de dois meses e deixa mais dois filhos e o marido. Segundo o Corpo de Bombeiros, a jovem ficou presa às ferragens e precisou ser resgatada, mas a morte dela foi constatada ainda no local do acidente.
A PRF acredita que a possível causa do acidente pode ter sido o pneu dianteiro que estava careca e que pode ter estourado, fazendo com que ela perdesse o controle do veículo.
Dois homens tentaram sair de um motel após consumirem R$ 923 em itens como uísque, preservativos e até calcinha (veja lista abaixo). Conforme o relato da Polícia Militar, R$ 180 do valor total foi pago, mas a dupla queria sair sem pagar o restante no estabelecimento localizado em Anápolis, a 55km de Goiânia.
Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, o g1 não localizou as defesas deles para se posicionarem até a última atualização desta reportagem.
Foto: Divulgação/Polícia Militar
A conta mostra que três pessoas entraram no motel às 22h49 de terça-feira (8). Os dois homens tentaram sair na quarta-feira (9) por volta das 7h.
A PM foi chamada por um funcionário do motel, que afirmou que os dois se negaram a pagar o restante da conta após permanecerem mais de 8 horas no local.
Conforme a PM, foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra a dupla por tentativa de fraude. Os dois foram liberados em seguida.
Segundo a agência de notícias “Reuters”, Mohammad Mortada, ministro da cultura do Líbano, decidiu proibir o filme “Barbie” dos cinemas do país nesta quarta-feira (9).
A declaração de Mortada disse que o filme “promove a homossexualidade e a transformação sexual” e “contradiz os valores de fé e moralidade” ao diminuir a importância da unidade familiar.
Em vista da decisão de Mortada, o ministro do interior, Bassam Mawlawi pediu ao comitê de censura da Segurança Geral, que depende do Ministério do Interior e é tradicionalmente responsável pelas decisões de censura, para revisar o filme e dar sua recomendação.
O ministro é apoiado pelo poderoso grupo armado muçulmano xiita Hezbollah, cujo chefe, Hassan Nasrallah, intensificou seu discurso anti-LGBTQIA+, dizendo que a comunidade representa um “perigo iminente” para o Líbano e deve ser “confrontado”.
Segundo a agência de notícias, na terça-feira (8), o gabinete do Líbano pediu para os cidadãos “se apegarem” aos valores familiares após uma reunião com o principal clérigo cristão do país, o patriarca Bechara Boutros al-Rahi, chefe da igreja maronita, embora não tenha mencionado especificamente a comunidade LGBTQIA+.
Ayman Mhanna, diretor executivo da fundação cívica sem fins lucrativos Samir Kassir Foundation, afirmou, em entrevista a Reuters que a ação de Mortada faz parte de uma campanha mais ampla que reúne o Hezbollah, a extrema direita cristã, e outros líderes religiosos importantes em uma campanha focada contra pessoas LGBT.
Apesar de o Líbano ter sido o primeiro país árabe a realizar uma semana do orgulho gay em 2017, as tensões sobre o tema têm aumentado.
Segundo a “Reuters”, no ano passado, Mawlawi tomou a decisão de proibir eventos “promovendo a perversão sexual” no Líbano, o que muitos compreenderam como se referindo a reuniões “LGBT-friendly”.
Em um discurso no mês passado, Nasrallah pediu às autoridades libanesas que tomem medidas contra os materiais que ele considera promover a homossexualidade, inclusive “banindo-os”, afirmando que a homossexualidade representa um “perigo iminente” para o Líbano e deve ser “confrontada”
A mulher que filmou e divulgou imagens sendo estuprada pelo ex-marido em Praia Grande, no litoral de São Paulo, afirma que deixou de acreditar na Justiça após Ricardo Penna Guerreiro, de 56 anos, ter sido absolvido pelo crime. A decisão ainda cabe recurso. Ao g1, nesta quinta-feira (10), Juliana Rizzo, de 34 anos, disse que tem medo que o ex saia da prisão e cumpra as ameaças que fez contra ela.
O ex-marido foi preso em janeiro deste ano por ser suspeito de espancar e estuprar Juliana enquanto ela estava desacordada, por conta dos efeitos de remédios antidepressivos. Antes de ter sido detido, ele estava em liberdade em razão de um habeas corpus, que foi revogado, após nova prisão. Contra ele, há uma condenação a 37 anos de prisão por tentativa de homicídio (entenda mais abaixo).
Guerreiro foi absolvido pela Justiça de Praia Grande, no caso contra a ex-mulher, por falta de provas. Ela chegou a divulgar imagens do suposto crime, em janeiro deste ano. A decisão do juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso saiu no dia 27 de julho. O processo corre em segredo de Justiça.
A defesa de Ricardo trabalhou com um argumento baseado principalmente no depoimento prestado pela médica psiquiatra do casal à Justiça. A profissional informou que os medicamentos prescritos para Juliana não alteram o nível de consciência.
“Algo absurdo. Deixei de acreditar na Justiça”, disse ela, sobre o motivo da absolvição.
Ela ressaltou que entregou à Justiça vários vídeos com ameaças de morte, além da gravação do próprio estupro. Ela acredita que Ricardo esteja contando os dias para sair da prisão e cumprir as ameaças que fez contra ela.
“Eu temo pela minha vida, temo pela vida dos meus filhos porque sei do que ele é capaz (…). Nossa Justiça é falha, as mulheres são dadas de bandeja para esses agressores porque eles passam impunes”.
Para Juliana, se a Justiça ligasse todos os crimes já praticados por Ricardo, ele não sairia da prisão nunca mais. “O que está falhando na Justiça são as comunicações de crime que não estão sendo ligadas, como ameaças de morte, agressão, condenação da lei Maria da Penha da ex-mulher e descumprimento de habeas corpus”, comentou ela.
Fim de projeto
Após divulgar o que estava passando com o ex-marido, Juliana se sentiu encorajada e criou um projeto para orientar mulheres a se libertarem de relacionamentos abusivos. No entanto, agora, ela diz que não vê mais sentido nos conselhos que dava. A denúncia, segundo ela, só gera ódio no agressor, deixando a vítima mais vulnerável.
“Achei que a Justiça estava sendo feita, isso me encorajou, me fez querer ajudar outras mulheres, mas depois dessa decisão não fiz mais postagens e não reforcei a tecla para denunciar porque a mulher vai lá, denuncia e nada acontece”, disse. Juliana comentou também que desistiu da faculdade de Direito, que estava cursando, por desacreditar na justiça brasileira.
Defesa
Em nota, o advogado de Juliana, Fabrício Posocco, afirmou que recebeu a decisão de 1° grau com surpresa e ressaltou que, na qualidade de assistentes de acusação, ingressará com o recurso cabível no momento oportuno.
Posocco reforçou que segue confiando no trabalho do Ministério Público e na Justiça. “Acreditamos que o Tribunal de Justiça de São Paulo poderá analisar as provas existentes no processo e dar um desfecho diferente a esse caso tão complicado”.
Absolvição
A decisão do juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso, da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, sobre a absolvição saiu no dia 27 de julho. O processo corre em segredo de Justiça.
Conforme apurado pela reportagem, a defesa de Ricardo trabalhou com um argumento baseado principalmente no depoimento prestado pela médica psiquiatra do casal à Justiça. A profissional informou que os medicamentos prescritos para Juliana não alteram o nível de consciência.
A defesa do ex-marido apontou que não existiriam provas de que a vítima não poderia oferecer resistência ou que a relação sexual foi forçada. Outro ponto a favor da absolvição foi o horário em que as imagens foram gravadas. A vítima alegava que tomava os remédios à noite, mas as imagens foram registradas no período da manhã.
Apesar da absolvição por estupro de vulnerável, Ricardo Penna Guerreiro segue preso por outro crime. Ele foi condenado a mais de 37 anos por tentativa de homicídio contra seis pessoas em 2000 e estava em liberdade devido à um habeas corpus.
No entanto, ele teve a prisão preventiva decretada novamente. “Por conta do não cumprimento das medidas cautelares devido à prisão preventiva ilegal [por estupro]”, explicou o advogado dele, Eugênio Malavasi, que já está tomando os procedimentos legais para que o cliente seja solto.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), na ocasião, Ricardo tentou matar seis pessoas em uma choperia em Praia Grande. Ele teria se desentendido com um grupo composto por seis pessoas e atirado contra elas junto com outro homem armado. Dois se feriram na tentativa de homicídio.
Entenda o caso
O empresário Ricardo Penna Guerreiro foi preso em dia 27 de janeiro por estupro de vulnerável cometido contra a ex-mulher, no bairro Canto do Forte, em Praia Grande (SP).
Policiais da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município cumpriram o mandado de prisão temporária expedido contra o suspeito, que teria estuprado a vítima enquanto ela estava dopada por conta de remédios antidepressivos e calmantes. A prisão posteriormente foi convertida em preventiva.
Ao g1, a mulher revelou também ter sido espancada pelo homem, que chegou a ameaçá-la de morte, além de ser agressivo com o filho do casal. “Ele [Ricardo] me colocou no fundo do poço. Abusou de mim de todas as formas, com requintes de crueldade”, desabafou à época.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (10) a morte do adolescente Thiago Menezes Flausino, baleado em uma operação da PM no fim de semana.
“Que nunca aconteça o que aconteceu com o menino de 16 anos [Thiago tinha 13], que foi assassinado por um policial despreparado ou irresponsável”, afirmou Lula.
Relembre o caso
O jovem foi baleado por volta da 0h40 de segunda-feira (7), na Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes, a via principal da comunidade.
As versões da família e da Polícia Militar sobre o fato são diferentes: enquanto os parentes dizem que o adolescente foi executado e que a cena do crime foi forjada, a PM chegou a dizer que ele atirou em agentes.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e o Ministério Público também abriu uma investigação sobre a morte de Thiago.
‘Despreparo’
“A gente não pode culpar a polícia, mas a gente tem que dizer que um cidadão que atira num menino que já estava caído é um irresponsável e não estava preparado do ponto de vista psicológico para ser policial”, destacou o presidente.
“Nós precisamos criar condições de a polícia ser eficaz, de a polícia ser pronta para combater o crime. Mas, ao mesmo tempo, essa polícia tem que saber diferenciar o que é um bandido e que é o pobre que anda na rua”, continuou Lula.
O presidente destacou que a polícia “tem que estar bem formada” e que não está “jogando a culpa em nenhum governador”.
“O governo federal tem que assumir a responsabilidade de ajudar os governadores no combate à violência. Porque o crime organizado está tomando conta do país”, emendou.
O que diz a família
Familiares afirmam que o jovem foi executado pelos policiais e falaram em cena forjada pela PM.
O tio de Thiago disse que o sobrinho foi executado por um policial quando já estava caído no chão.
“O Thiaguinho estava passeando de moto com um amigo, saindo da Cidade de Deus, que foi abordada já a tiro. Um tiro pegou na perna, o Thiaguinho caiu, aí a gente tem um trechinho da imagem, que vê o Thiago no chão, ainda vivo, e o policial acaba de executar ele”, descreveu Hamilton Bezerra Flausino.
“Não teve tiroteio, não teve tiroteio. Até porque o pessoal foi se chegando para fazer tipo uma manifestação ali. Nós, familiares, já estávamos ali, chegamos muito rápido. Então a gente ia comandando, gente, não precisa fazer negócio de queimar pneu. Não, não, não, está tranquilo, deixa que a gente vai resolver pacífico. E assim foi, mas eles forjaram um tiroteio, dando um tiro”, acrescentou.
Mãe de Thiago, Priscila Menezes disse que a família está muito abalada “com o fato de estarem acusando uma criança de 13 anos de ser envolvida com tráfico”.
“Ele não era nada. Ele era apenas um adolescente ceifado por essa necropolícia que a gente tem no nosso estado. Mais uma vítima que entra para a estatística.”
Acusação de câmera adulterada
A família ainda acusa a Polícia Militar de ter adulterado o registro de uma câmera de segurança, com o objetivo de apagar a ação:
“Hoje em dia as câmeras têm internet, bluetooth. Eles conseguiram, com o celular, ter acesso e apagaram só a parte da execução, mas a gente tem um minuto antes e, após um minuto e um pouquinho, continua a imagem. Dá para ver ainda um pedaço do corpo do PM dando o último tiro para executar ele no chão”, detalhou.
Diferentes versões da PM
A PM, por sua vez, apresentou três versões, com alguns detalhes diferentes.
Primeira versão: ‘criminoso ferido em confronto’
Nas redes sociais, a corporação primeiramente afirmou que “um criminoso ficou ferido ao entrar em confronto” com homens do Batalhão de Polícia de Choque (BPCHq) na esquina da Estrada Marechal Miguel Salazar com Rua Geremias.
Segunda versão: troca de tiros após queda de moto
No registro da ocorrência feito na DH, um dos PMs envolvidos afirma que pediu a parada de dois homens sem capacete que estavam em alta velocidade em uma moto, mas a ordem não foi obedecida. Por causa disso, uma perseguição começou. “O condutor perde e controle e ambos os ocupantes caem na via. Caídos, os opositores passam a efetuar diversos disparos contra a guarnição policial, que reagiu”. No documento, os policiais afirmam ainda que Thiago foi ferido fatalmente e que o motorista da moto conseguiu fugir.
Terceira versão: garupa de motociclista que trocou tiros
Posteriormente, já no início da tarde, o porta-voz da corporação foi mais comedido e disse apenas que o adolescente de 13 anos morto na CDD estava na garupa de uma moto de onde, segundo o relato de policiais da ocorrência, algum dos ocupantes trocou tiros com os PMs do Batalhão de Choque.
“Durante o início da operação, os policiais faziam os fechamentos das principais vias de acesso. Essa moto que foi em questão da ocorrência, fugia do cerco policial, efetivamente, os policiais determinaram por ordem de parada, a moto disparou. Segundo os policiais que estavam no local, [um dos ocupantes da moto] realizou disparos de arma de fogo na direção dos policiais e houve um confronto. A moto veio ao solo. O quem pilotava a moto efetivamente conseguiu fugir. E após o cerco e a abordagem inicial, identificou o adolescente, que estava ao solo já em óbito”, disse o coronel Marco Andrade.
“Importante destacar que pode ser que o piloto estivesse no confronto. A investigação é que vai apontar efetivamente o que”, observou.
“Importante colocar aqui que o local foi totalmente preservado. A Delegacia de Homicídios da capital acompanha o caso e realizou a perícia. E esperamos que com a perícia realizada, com imagens de segurança de câmeras de segurança que tem na região, podemos efetivamente elucidar esse caso, gerando maior transparência possível para que possamos fazer justiça”, acrescentou.
Armas e câmeras corporais
A Polícia Civil já apreendeu as armas dos dois policiais envolvidos na ocorrência. O batalhão dos agentes envolvidos na ocorrência, o Batalhão de Choque da PM, ainda não usa câmeras corporais. A polícia afirmou ainda que apreendeu uma arma de fogo com Thiago, uma pistola calibre 9mm.
O que diz a Polícia Civil
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que “as armas dos agentes envolvidos na ação foram apreendidas e a perícia foi realizada no local. Diligências estão em andamento para esclarecer o caso.”