‘Zero chance’ de Lira dar andamento a pedido de anulação de impeachment de Dilma

Foto: Wikimedia Commons

Quem é próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aposta que é “zero” a chance de ele dar andamento ao projeto do PT para anular o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Até porque ela não foi absolvida no caso das pedaladas”, observa um dos interlocutores. Além disso, o processo começou na Câmara e muitos dos deputados que cassaram a ex-presidente estão na Casa atualmente, inclusive o próprio Lira, que votou sim pela cassação do mandato da petista.

“Tenho o prazer de abrir a votação do último Estado, o de Alagoas. Antes do meu voto queria parabenizar o belíssimo trabalho do relator, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO)”, afirmou Lira na ocasião. Na sequência, ele destacou que seu partido fechou questão a favor do impeachment e criticou a situação que o Brasil enfrentava. “O Brasil está parado e nós temos que encontrar essa saída. E em nome dessa saída… dou meu voto sim ao prosseguimento”, concluiu.

Na última segunda-feira, 28, a bancada do PT protocolou projeto para tentar anular a cassação e devolver simbolicamente o mandato da ex-presidente. Afirmou que o processo de impeachment foi “um dos maiores equívocos jurídico-políticos perpetrados contra uma mulher séria, honesta e dedicada à causa pública”.

O pedido ocorre após o arquivamento da ação de improbidade pelas “pedaladas fiscais” no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). No fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu uma “reparação” para a correligionária.

Como mostrou o Estadão, o Tribunal decidiu que Dilma não poderia responder nos termos Lei de Improbidade Administrativa porque já havia sido responsabilizada por meio da norma que define os crimes de responsabilidade. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o Presidente da República não deveria estar à mercê do sistema de dupla responsabilização.

Estadão

Justiça determina transferência de corpo de homem enterrado ao lado de assassino

Foto: Freepik

A Justiça determinou que o município de Brusque, em Santa Catarina, faça a exumação do corpo de um homem que foi sepultado ao lado de seu assassino no cemitério municipal da cidade e transfira os restos mortais para outra sepultura no mesmo local, no prazo máximo de 30 dias.

Conforme os autos, o homem foi morto em 2019 e o assassino cometeu suicídio logo após o crime. Os dois foram enterrados no mesmo dia, em horários diferentes, mas em túmulos vizinhos.

De acordo com a sentença, a situação causa constrangimento aos familiares sempre que visitam o cemitério. “Nesse aspecto, é necessário reconhecer o direito à paz espiritual que resta aos familiares do falecido, com a possibilidade de distanciamento do jazigo de seu algoz, para que a memória afetiva do finado reascenda com a lembrança dissociada daquele que foi responsável por colocá-lo naquele local”, diz um trecho da decisão.

O processo contra a cidade foi movido por dois filhos da vítima. Conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, eles também pediram indenização por danos morais, mas a reparação financeira foi negada pela “ausência de ato ilícito por parte do cemitério que sepultou dignamente o corpo do pai dos autores”.

A decisão cita ainda que não há provas de que os familiares fizeram uma comunicação prévia ao cemitério sobre quem seria o vizinho do finado no jazigo, para haver a possibilidade de mudança. A sentença está sujeita a recurso de ambas as partes.

Terra

Homem faz procedimento para alterar cor dos olhos de forma permanente e viraliza; prática não é recomendada e traz riscos ao paciente

Foto: Reprodução/Internet/G1

O vídeo de um homem sendo submetido a um procedimento para trocar a cor dos olhos viralizou na internet. No entanto, especialistas ouvidos pelo g1 condenam a prática e alertam para riscos aos pacientes.

“O que este médico está fazendo é um procedimento chamado queratopigmentaçao, que começou a se desenvolver para casos em que a pessoa tinha um olho totalmente cego. É um procedimento usado quando a córnea está comprometida e, para não ficar um olho muito diferente esteticamente do outro, se desenvolveu essa técnica para tatuar a córnea. Basicamente, se coloca pigmentos no tecido da córnea para ficar parecido com o olho normal”, afirmou o médico oftalmologista Renan Ferreira Oliveira.

A página que divulgou o vídeo é do médico Alexander Movshovich, especialista de Nova York, nos Estados Unidos, que garante que o procedimento é seguro e permanente. Em menos de 10 dias, a gravação já acumula mais de 5 milhões de visualizações nas redes sociais.

Riscos

Veja riscos deste procedimento para fins estéticos:

– Infecções nos olhos
– Restrição do campo visual do paciente
– Desenvolvimento de fotofobia

“Esse procedimento pode reduzir o campo visual do paciente, a visão periférica pode ficar comprometida. Quando você colore toda a periferia da córnea, você pode restringir o campo visual da pessoa. Os pacientes podem desenvolver fotofobia. A luz bate nos micropigmentos e estouram. Além disso, a queratopigmentação é totalmente irreversível. Esse não é um procedimento aprovado pelo Conselho Federal de Medicina”, disse o médico Renan Ferreira Oliveira.

O procedimento é permitido no Brasil para fins de “reconstrução” em pessoas cegas, mas não é indicado para fins estéticos em pessoas com visão saudável.

O oftalmologista César Motta é diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e afirmou que todas as técnicas usadas para alterar a cor do olho não são recomendadas para fins estéticos.

“Existem algumas maneiras de você mudar artificialmente a cor do olho. Você não consegue isso de uma maneira natural. As principais maneiras que existem são: implante de íris artificial, laser para despigmentar a íris e pigmentação de córnea”, afirmou César Motta.

“Para fins estéticos, nenhuma prática é indiciada. Todas oferecem risco para a saúde ocular do paciente. O principal risco quando é realizado a laser é o desenvolvimento de glaucoma. O principal problema do implante de íris artificial é danificar as células da córnea. A pigmentação da córnea, por outro lado, pode causar infecções”, completou.

Além de não ser recomendado, o procedimento é irreversível. Ambos os especialistas ouvidos pelo g1 recomendam que pacientes usem lentes de contato ao tentar alterar a cor de seus olhos.

“Vale muito mais a pena adaptar uma lente colorida ao paciente do que expor ele a uma situação de risco. Eu não recomendo e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia também não recomenda esses métodos de práticas para fins estéticos. A relação risco/benefício não vale”, disse Motta.

G1.Globo