RJ: Diretora de creche dança funk ‘Toma Rajadão’ com crianças e é afastada

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Após a repercussão da apresentação de ‘Cavalo Tarado’ em escola do RJ, uma diretora da rede municipal de ensino foi afastada por colocar as crianças de uma creche para dançar ao som de “Toma Rajadão”.

O que se sabe

– A diretora de uma creche em Costa Barros, bairro do Rio de Janeiro, foi afastada esta semana após postar um vídeo nas redes em que dança o funk com crianças.

– A música, intitulada Ensaio das Maravilhas, de autoria de Pedro Sampaio e interpretada por Thaysa Maravilha, possui conotação sexual. Além disso, a palavra “rajadão” é uma gíria que se refere ao disparo de fuzis e metralhadoras.

– O vídeo rapidamente se espalhou por grupos de WhatsApp, indignando pais de alunos.

– ”Desce, sobe, toma rajadão. A segunda maravilha acabou de terminar. Agora ela tá solteira e ninguém vai segurar. Vai bate, vai bate com a bunda no calcanhar”, diz um trecho da letra.

– A diretora chegou a postar imagens das crianças dançando outros dois funks, também com letras carregadas de teor sexual, mas apagou seus perfis nas redes sociais após a polêmica.

Cavalo Tarado

– A diretora já é a quinta a ser afastada da rede municipal de ensino em dois dias. Na terça-feira, outras quatro diretoras de escolas foram afastadas após permitirem exibições da performance de dança “Cavalo Tarado”, da Companhia Suave.

– Em um vídeo que se espalhou nas redes na segunda-feira, uma dançarina com uma máscara de cavalo dança ao som de uma música com teor sexual em uma escola municipal, que virou alvo de sindicância da Prefeitura do Rio de Janeiro.

– Com o nome “Suave na educação”, as exibições do grupo ocorreram nas unidades Ciep Luiz Carlos Prestes, Ciep Gustavo Capanema, Escola Municipal Marechal Estevão Leite de Carvalho e Escola Municipal Rivadavia Correia.

– O grupo ganhou edital de R$ 50 mil da Secretaria de Cultura do Rio em 2022 para as apresentações, que incluíam na agenda quatro escolas municipais.

– Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes chegou a afirmar que o vídeo foi um “absurdo” e disse que endureceria as regras de apresentações nas escolas do município.

– E, nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que “não tolera o uso de qualquer música ou apresentação com conotação sexual para crianças em creches e escolas municipais do Rio”. E que, por esse motivo, a diretora da unidade foi afastada do cargo e uma sindicância foi aberta para apurar o caso.

“A Secretaria seguirá conduzindo com o rigor necessário e não tolerará que nossas crianças sejam expostas a conteúdos impróprios de forma alguma.” – Nota da Secretaria Municipal de Educação do RJ

Notícias UOL

Brasil tem alta da Covid em onda que deve durar até 6 semanas; veja risco de nova variante e como se proteger

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A taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou no Brasil nas primeiras semanas de agosto, segundo dois relatórios independentes divulgados na quarta-feira (30). A alta em ambos os levantamentos é da ordem de 7 pontos percentuais, o que representa o dobro de pessoas que testaram positivo para o vírus Sars-Cov-2.

📊 ENTENDA O CENÁRIO

O aumento ocorre diante de um cenário distinto do já verificado em momentos anteriores da pandemia, com a maioria da população já vacinada e menos risco de casos graves:

1 – Variante: OMS monitora o aumento da circulação da Éris, uma subvariante da Ômicron, que é um dos fatores apontados por especialistas para o aumento dos casos.

2 – Gravidade: Apesar de mais transmissível, a Éris não está associada a casos mais graves ou mortes; para a OMS, ela é uma “variante de interesse”, grau inferior ao das “variantes de preocupação”.

3 – Vacinação: Brasil enfrenta a sazonalidade dos casos com maioria da população já tendo tomado as doses básicas da vacina, mas o reforço da vacina bivalente só foi aplicado em 15% do público-alvo.

4 – Grupos vulneráveis: pessoas imunossuprimidas (com baixa imunidade, seja por doenças ou por transplante) devem redobrar o cuidado com aglomerações e sempre manter o uso de máscaras.

5 – Duração da onda: na avaliação de Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a atual onda da Covid deve durar entre 4 a 6 semanas.

Levantamento dos testes positivos

O aumento dos casos foi reportado por duas entidades. Um dos levantamentos é da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representa laboratórios e clínicas privadas:

– aumento de testes positivos de 6,3% (29 de julho a 4 de agosto) para 13,8% (em 12 a 18 de agosto)

“Possivelmente, sim, existe relação com a nova variante, que demonstrou ser muito transmissível, embora ela não traga quadros muito graves das pessoas que são infectadas”, afirma Wilson Shcolnik · Presidente do Conselho de Administração (Abramed).

Outra fonte é o Instituto Todos pela Saúde (ITpS), que analisa dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin:

– aumento de testes positivos de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto

Segundo o ITpS, os percentuais mais elevados são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%).

Conforme mostra o infográfico abaixo, a atual taxa de 15,3% é inferior ao que foi visto até mesmo em dezembro do ano passado, quando os números chegaram a 38%.

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Sars-Cov-2, um vírus que coexiste

A infectologista Carla Kobayashi afirma que é preciso considerar que o vírus da Covid vai “coexistir” como um vírus respiratório entre aproximadamente outros 20 que nos acometem sazonalmente. Ela pondera que o cenário hoje é muito diferente do visto no início da pandemia graças à vacinação, à imunidade adquirida e à evolução do vírus, que mudou para ser menos letal e mais transmissível.

“Acaba que é possível ter aquele aumento do número de casos pela sazonalidade do vírus, pela coexistência de ser um vírus respiratório circulando e causando as infecções (mais leves ou mesmo mais severas). Você pode ter uma pneumonia ainda pela Covid ou pode ter só sintomas gripais”, explica Kobayashi, acrescentando que a gravidade do quadro depende da situação de cada pessoa.

Mudam os protocolos? Como me cuidar?

Os especialistas são unânimes em afirmar que, no atual momento, ter todas as doses possíveis da vacina contra a Covid é a melhor medida. É justamente o fato de a maioria de a população ter tomado ao menos as doses básicas que evita o aumento das internações e das mortes.

“A gente ainda tem uma cobertura vacinal com a bivalente baixa, mas há uma cobertura vacinal com as doses anteriores bastante elevada”, afirma Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Carla Kobayashi explica que o importante no atual momento é “conseguir ter uma imunidade mais específica com a vacina bivalente, que tem aí um antígeno específico para variante Ômicron, o que aumenta a proteção”.

Mas, apesar da recomendação e das campanhas, a procura está baixa: só 15% do público-alvo tomou a vacina bivalente até julho.

Máscaras para mais vulneráveis

A infectologista Carla Kobayashi destaca que as pessoas com baixa imunidade geralmente não conseguem obter a mesma resposta imune por meio da vacina do que os indivíduos sem ressalvas na saúde. Por isso, sobretudo para esse público, o uso de máscaras é mais do que recomendado.

“Se puder usar a máscara em locais fechados com aglomeração é ideal, porque você reduz a chance de transmissão de vírus respiratórios, não só de Covid, mas ainda de influenza, que também pode ser mais grave em um paciente imunocomprometido”, explica a infectologista.

G1.Globo

Material de Tarcísio e Feder ‘ensina’ que Dom Pedro 2º assinou abolição e que capital de SP tem praia

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O material digital produzido pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para ser aplicado em salas de aula de 5 mil escolas estaduais de São Paulo apresenta erros de conteúdo, sobretudo nas disciplinas de História e Biologia.

Um dos slides para alunos do 8º ano do ensino fundamental “ensina” que Dom Pedro 2º – e não a Princesa Isabel – teria assinado a Lei Áurea, em 1888. Os registros foram obtidos pelo portal UOL e divulgados nesta quinta-feira 31.

Foto: Reprodução/Carta Capital

Em outra imagem, de um conteúdo voltado aos estudantes do 9º ano, o material do governo paulista diz que a cidade de São Paulo tem praias. O erro está em uma aula referente à passagem de Jânio Quadros pela prefeitura – entre 1953 e 1955, não em 1961, como alega o slide.

Foto: Reprodução/Carta Capital

Nos últimos meses, a ideia da Secretaria da Educação, comandada por Renato Feder, era que o material virtual fosse a única fonte didática para as escolas paulistas – o que, na tese do governador, “aprofundaria o conteúdo”. No entanto, a investida não se sustentou.

O governo paulista recuou da resistência sobre os livros impressos e foi obrigado pela Justiça a manter os 10 milhões de livros do MEC na grade curricular.

A Secretaria da Educação reconheceu os erros e disse que “todas as observações levantadas pela reportagem a respeito das aulas mencionadas foram retificadas e atualizadas”.

Após a divulgação do caso, parlamentares do PSOL acionaram o Ministério Público de São Paulo, o Tribunal de Contas do Estado e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo contra o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Educação, Renato Feder.

Na representação, a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, destacam a baixa qualidade do material ofertado, e o consequente impacto à educação de milhares de crianças e adolescentes da rede. Ainda pontuam a baixa transparência da Secretaria de Educação, já que a autoria e o conteúdo do material pedagógico ofertado pelo governo de São Paulo são desconhecidos, bem como os custos envolvidos.

Carta Capital