Novo Bolsa Família será entregue a Lula na próxima semana, diz Wellington Dias

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O Novo Bolsa Família deve ser entregue pelo Ministério do Desenvolvimento Social ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima semana. Nesta segunda-feira, 13, vários ministérios envolvidos com o novo formato do programa de transferência de renda assinaram um acordo com a Defensoria Pública da União (DPU) no qual se comprometem com a melhoria do Cadastro Único, por meio do qual os beneficiários recebem o recurso.

O documento é uma resposta extra-judicial a uma ação movida pelo DPU ainda durante a gestão Bolsonaro. Na época, o órgão foi à justiça para questionar uma determinação do governo, que obrigava os beneficiários do CadÚnico a atualizar as informações em um prazo considerado curto. Na ação, o DPU pontuava que as famílias corriam o risco de deixar de receber o Auxílio Brasil por falhas no processo de atualização.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, o acordo com a DPU é importante para destravar o cadastro, além de permitir a reformulação do CadÚnico e garantir o pagamento do benefício para as famílias de baixa renda. “É possível a gente ter essa condição de atualização do Cadastro Único e garantir o direito a quem tem esse direito e lhe foi negado neste período. E ainda a garantia de que outras pessoas poderão, agora, ter acesso. Mas também tirar pessoas que estão, hoje, recebendo sem preencher os requisitos”, disse o ministro.

A atualização dos dados no sistema é obrigatório para garantir o recebimento do benefício do Auxílio Brasil. Mas, após as últimas mudanças aplicadas, o programa deve voltar a se chamar Bolsa Família. Na reformulação, regras que foram extintas no governo de Jair Bolsonaro (PL) deverão ser retomadas: exigência de frequência escolar e de vacinação das crianças. Apesar das mudanças, o governo federal afirma que não vai alterar o valor mínimo de R$ 600 por mês.

De acordo com Wellington Dias, a proposta do Novo Bolsa Família já foi finaliza e deve ser encaminhada a outros ministérios para validação. “Ela sai desse modelo que se paga um valor só independente do tamanho da família e volta a ter esse olhar para famílias que têm crianças, volta a ter um compromisso com a contrapartida, de crianças e adolescentes frequentando as escolas, com vacinação, acompanhamento da gestante, ou seja, é mais do que uma transferência de renda. Na verdade, a partir do Cadastro Único novo e eficiente, a gente vai chegar a quem verdadeiramente precisa”, argumenta Dias. Para agilizar as mudanças, o programa deverá ser retomado por meio de uma medida provisória.

Jovem Pan News

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *