Material de Tarcísio e Feder ‘ensina’ que Dom Pedro 2º assinou abolição e que capital de SP tem praia

Foto: Flickr

O material digital produzido pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para ser aplicado em salas de aula de 5 mil escolas estaduais de São Paulo apresenta erros de conteúdo, sobretudo nas disciplinas de História e Biologia.

Um dos slides para alunos do 8º ano do ensino fundamental “ensina” que Dom Pedro 2º – e não a Princesa Isabel – teria assinado a Lei Áurea, em 1888. Os registros foram obtidos pelo portal UOL e divulgados nesta quinta-feira 31.

Foto: Reprodução/Carta Capital

Em outra imagem, de um conteúdo voltado aos estudantes do 9º ano, o material do governo paulista diz que a cidade de São Paulo tem praias. O erro está em uma aula referente à passagem de Jânio Quadros pela prefeitura – entre 1953 e 1955, não em 1961, como alega o slide.

Foto: Reprodução/Carta Capital

Nos últimos meses, a ideia da Secretaria da Educação, comandada por Renato Feder, era que o material virtual fosse a única fonte didática para as escolas paulistas – o que, na tese do governador, “aprofundaria o conteúdo”. No entanto, a investida não se sustentou.

O governo paulista recuou da resistência sobre os livros impressos e foi obrigado pela Justiça a manter os 10 milhões de livros do MEC na grade curricular.

A Secretaria da Educação reconheceu os erros e disse que “todas as observações levantadas pela reportagem a respeito das aulas mencionadas foram retificadas e atualizadas”.

Após a divulgação do caso, parlamentares do PSOL acionaram o Ministério Público de São Paulo, o Tribunal de Contas do Estado e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo contra o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Educação, Renato Feder.

Na representação, a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, destacam a baixa qualidade do material ofertado, e o consequente impacto à educação de milhares de crianças e adolescentes da rede. Ainda pontuam a baixa transparência da Secretaria de Educação, já que a autoria e o conteúdo do material pedagógico ofertado pelo governo de São Paulo são desconhecidos, bem como os custos envolvidos.

Carta Capital

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