
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) hoje está “fragilizado” e indicou que ele tem dificuldades de ter voz nos debates partidários com vistas às eleições de 2024. A declaração foi dada à “Jovem Pan News”, ao afirmar que “tomou um chapéu” na corrida à Prefeitura de São Paulo. As críticas são ao PL, que cogita apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição.
“Nós vamos apoiar um candidato que é de um partido da base do Lula”, reclamou, na entrevista.
Ao ser questionado sobre a força de Bolsonaro nessa discussão sobre a decisão do PL em São Paulo, ele reconheceu: “O Bolsonaro, coitado, está muito fragilizado. Está à beira de responder um processo, negócio de inelegibilidade. Como é que ele se coloca num momento desse? É muito mais difícil.”.
O processo a que se refere Ricardo Salles é uma ação que pode declarar o ex-presidente inelegível em razão da reunião com embaixadores para atacar a segurança das urnas eletrônicas. O processo já foi liberado pelo corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, e só depende do presidente da Corte, Alexandre de Moraes, colocá-lo em julgamento.
‘Boulos vai destruir o Nunes’, diz Salles
O ex-ministro do Meio Ambiente e hoje deputado federal afirma que o PL hoje enfrenta a “cooptação das velhas raposas da política” e que finge ser direita apenas quando interessa. Segundo ele, apesar de os partidários do ex-presidente terem garantido a eleição de dois terços da bancada da sigla, “política é business nesse caso e não tem ideologia coisa nenhuma”. Ele lembrou que um terço da legenda tem votado com o governo.
Preterido na corrida à Prefeitura de São Paulo, ele afirmou que o PL finge ser de direita e prevê um fracasso na capital paulista contra Guilherme Boulos (PSOL), um dos pré-candidatos da esquerda.
“O Boulos vai destruir o Nunes. O Nunes tem uma história… Pega a história dele. Pega essa história de Máfia das Creches, esse outro da turma que domina o transporte coletivo na cidade. Levanta tudo que tem lá na Câmara dos Vereadores e vai ver se ele tem condições de enfrentar o Boulos”.
O Tempo