REPRESENTATIVIDADE | O deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) criticou a regra da legislação eleitoral que obriga os partidos a reservar pelo menos 30% das candidaturas proporcionais para mulheres. O parlamentar afirmou considerar a exigência “uma hipocrisia” e defendeu uma mudança na norma.
Para o parlamentar, em vez de cota de candidaturas, a lei deveria prever reserva de vagas para mulheres na eleição – deixando os partidos livres para montar suas listas de candidatos com a proporção de gênero que desejar.
“Eu acho que deveria existir a reserva, mas, no momento que não tivesse os 30% de desejo de candidatura, você poderia preencher essas outras vagas (com homens) ou então até deixá-las em aberto”, afirmou Gustavo, em entrevista à 98 FM nesta terça-feira 12.
Segundo ele, a forma como a legislação está estruturada leva partidos a registrarem candidaturas femininas apenas para cumprir a cota, sem real intenção de disputa, o que acaba resultando em anulações de chapas – são as chamadas candidaturas laranjas.

Pelas regras atuais, os partidos são obrigados a registrar no mínimo 30% e no máximo 70% de candidaturas de cada gênero nas eleições proporcionais (deputados e vereadores). Gustavo Carvalho afirmou que o PL já buscou alternativas para cumprir a cota e evitar problemas jurídicos nas eleições de 2026.
“O que acontece é que, por hipocrisia da legislação, muitas vezes nós estamos vendo aí um tribunal eleitoral cassando diversos mandatos de candidaturas, em função desse preenchimento bobo do percentual feminino”, disse.
Fonte: Agora RN
📽 Vídeo: Reprodução/Youtube/98 FM Natal