
A jornalista Eliane Cantanhêde, analista política do canal pago de notícias GloboNews e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, foi acusada de machismo por congressistas, celebridades e usuários das redes sociais após criticar a futura-primeira dama, Rosângela Silva, a Janja.
Cantanhêde disse na 6ª feira (11.nov.2022) no programa Em Pauta, da GloboNews, que há um incômodo com o “excesso de espaço” que a mulher do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “vem ocupando”.
A jornalista também questionou por que Janja esteve sentada ao lado de Lula, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante encontro com aliados na 5ª feira (10.nov), no CCBB, em Brasília. Na ocasião, Lula chorou ao falar da fome no Brasil.
“Ela estava ali sentada, mas ela não é presidente do PT, ela não é líder política, ela não é presidente de partido, enfim, por que ela estava ali? Qual era o papel da primeira-dama?”, disse Cantanhêde.
Eliane Cantanhêde citou também que Ruth Cardoso (1930-2008), mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como um bom exemplo de primeira-dama.
“Como a Janja, [Ruth] tinha o brilho próprio. Era professora universitária. Uma mulher super respeitada na área dela e cuidado da comunidade solidária, mas ela não tinha protagonismo, ela não tinha voz nas decisões políticas. Se tinha, era a 4 chaves dentro do quarto do casal. Ou seja, já incomoda, sim, porque ela [Janja] vai começar a participar de reunião, já vai dar palpite e daqui a pouco, ela vai dizer ‘esse aqui vai ser ministro, esse aqui não pode’. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar primeira-dama”, afirmou Cantanhêde.
Eliane Cantanhêde citou outras 3 primeiras-damas:
Yolanda Costa e Silva (1907-1991), mulher de Costa e Silva (1899-1969) – “super maquiada, super artificial”;
Lucy Geisel (1917-2000), mulher de Ernesto Geisel (1907-1966) – “muito discreta, dona de casa”;
Rosane Collor, ex-mulher de Fernando Collor – “quem se esqueceu da Rosane Collor, jogando aliança fora, fazendo confusão, daí todo dia tinha briga, diziam que ela fazia coisas religiosas meio estranhas na casa da Dinda”.
FONTE: PODER 360